sexta-feira, 11 de março de 2011

Autonomia, flexibilidade e liberdade

Autonomia, de acordo com o Priberam, significa liberdade moral ou intelectual; independência administrativa. Liberdade que implica em rompimento dos paradigmas vigentes por meio de crítica árdua a algo imposto como nova cultura, apresentada de forma pasteurizada, de forma massificada. Independência na administração do próprio eu, do próprio sujeito em prol de um bem comum.

Autonomia que se diferencia da heteronomia expressa pela espera do padrão a ser seguido, do controle antes da tomada de decisão, da demanda externa para desenvolvimento interno não autêntico. Um desenvolvimento disposto em prol da bem aventurança, do bem comum; um desenvolvimento que se difere do pseudodesenvolvimento apresentando corriqueiramente como melhoria social, mas que verdadeiramente atende apenas 20% da população mundial, ou ainda, 5% da população brasileira. Um pseudodesenvolvimento que degrada e que desconsidera o conhecimento das populações ribeirinhas em prol de monoculturas para biodiesel e alimentação de animais.

Enfim, a cultura brasileira tem sua própria cara, é diversa, rica, receptiva. Porém, a recorrente flexibilidade, muitas vezes pretendida para se alcançar o desenvolvimento pode ser daninha. Flexível em prol de quem? De quais interesses? Aceitar a flexibilidade como eixo de uma autonomia pretendida sem questioná-la não traz a liberdade intelectual...

Assim, penso que em qualquer processo de ensino-aprendizagem, de troca, de compartilhamento, a liberdade intelectual, a moralidade pretendida devem ser dialogadas, construídas coletivamente, sem hierarquias ou muito menos anarquia...

Fico aqui com meus pensamentos em torno do significado dessa autonomia, dessa liberdade nem sempre compartilhada e construída a duras penas...

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