quinta-feira, 29 de julho de 2010

Kutoja - A última tricotada

Adoro animações! Ainda mais quando tem alguma coisa bacana pra mostrar!

Estava navegando no YouTube procurando um vídeo e encontrei esse aí de baixo. É finlandês, bem curtinho, tem 7min: Kutoja, ou em inglês, The last knit - algo como "A última tricotada". O tema da animação é compulsão, e tem uma proposta bem simples, de visual clean. Há várias mensagens subliminares legais: ela está sentada, sozinha, na beira do abismo, totalmente concentrada no que está fazendo, não há mais nada em volta... Não vou ficar pondo um mundo aqui, além do que, como compulsão é compulsão, o final é tudo de bom...rs...

Não vou discutir o fato de que a animação traz uma mulher, fazendo tricô (atividade dita feminina), pois não é esse o foco do filme. Porém, acho bacana a reflexão propiciada quando tentamos lembrar em que momentos do dia a dia temos o mesmo comportamento da moça na animação - ação repetida, sem reflexão, de maneira isolada e totalmente centrada...

A diretora e roteirista é Laura Neuvonen, e a produtora é a empresa Anima. O vídeo é de 2005 e tem vencido vários prêmios desde então... Para mais infos sobre o vídeo: http://www.anima.fi/en/work/short-films/the-last-knit/.

Mais um pouco de cultura...

Depois do vídeo da postagem anterior fiquei pensando nessa dita normalidade... Para se ter uma ideia de como estamos entranhados com esses valores e por muitas vezes não prestamos atenção em coisas simples e que não são verdade, busquei uma historinha da Mônica que recebi noutro dia de uma amiga que elogiou o material: Uma história que precisa ter fim.

Os quadrinhos, voltados para criança, tratam do acesso a drogas e como deve ser evitado. Entretanto, enquanto lia a historia fiquei pensando na quantidade de informação estranha no material: usuários de drogas sempre usando óculos escuros (!?!?) e ladrões; a primeira droga utilizada é na maioria das vezes cola de sapateiro; falsos amigos, vendedores, são mais velhos, não tem face e usam sobretudo (?!?!); o colega usuário chega oferecendo; e vendedores são estranhos que nos oferecem algo gratuitamente na rua. Por favor, isso não existe! Não conheço uma pessoa que tenha usado drogas oferecida por um estranho!

A questão aqui é que por mais que eu esteja me atendo a detalhes, são essas informações que as crianças veem e assimilam, e no caso de um conhecido, amigo, gente boa oferecer algo não sabemos o que fazer. Muito menos se a cena se tornar recorrente. A realidade que eu conheço não é a apresentada pela historinha...

Sempre penso que esse tipo de informação, via história em quadrinhos, não propicia qualquer critica por parte da criança. O que está sendo apresentado, ela vai adotar como verdade e no caso da realidade não se apresentar dessa maneira, a criança não saberá o que fazer.

Talvez esse tipo de quadrinho, possa mesmo ser utilizado com intuito educativo, mas deve ter uma boa conversa complementar mostrando que as coisas não são sempre assim!

Enfim, apesar de ter recebido a historinha por email em pdf, não consegui colocar no 4shared -  não dá acesso ao download por causa dos direitos autorais. Então, coloquei as duas primeiras páginas abaixo e o link para quem quiser ver tudo no site: http://www.monica.com.br/institut/drogas/pag1.htm

Racismo e cultura

Hoje recebi por email este vídeo - na verdade o link para o vídeo.
Muito interessante mesmo! A maneira como as crianças veem o mundo e reagem a ele, depende muito de como nos comportamos e consequentemente mostramos a elas a maneira de lidar com esse mundo.

Meio confuso, mas podemos resumir a questões culturais - não apenas relacionadas ao patrimônio ou a cultura dita erudita, mas a questões associadas a maneiras de lidar com o dia a dia, tratar as outras pessoas, e por aí vai. Na verdade, temos que sempre lembrar que tudo o que aceitamos, por mais normal que possa parecer, não tem nada de normal.

A priori, todos os nossos comportamentos são moldados por nossas relações com os outros, que tem ligações com o que esses outros trazem de outras relações, e que vem sido propagadas ao longo do tempo - seja ele curto ou longo.

O vídeo mostra uma triste realidade e, apesar de norte-americana, nos faz pensar em como estamos lidando com as pessoas e coisas à nossa volta e se isto é saudável para estabelecermos relações de respeito.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Carne orgânica em escolas municipais de Campo Grande

Fala sério! Tudo de bom saber que esse tipo de iniciativa está sendo tomada pela prefeitura de Campo Grande. Imagine só garantir às crianças carne não tratada com antibióticos, produzida em ambiente natural?

À parte questões políticas, meu interesse pela notícia foi a questão ambiental e de saúde, até porque Pantanal é uma das áreas que também tem sido muito degradada de diversas maneiras e como carnívora convicta, acho esse tipo de iniciativa tudo de bom! O que me fez lembrar de procurar novamente se existem opções de carne orgânica aqui por perto de casa!

Para mais informações, checar a notícia na página da WWF:
http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?25480/Merenda-das-escolas-de-Campo-Grande-MS-tem-carne-orgnica

Com esse tipo de notícia, dá pra fazer vários trabalhos de conscientização quanto à alimentação dos alunos, mas, por favor, levar os alunos a um centro de reabilitação de animais enquanto comem carne como está na notícia, é meio cruel. Por que reabilitar e cuidar de uns e não de outros? Esse tipo de conduta parece normal e correta, mas não é! É cultura dada sem opção de escolha... Mais uma das várias ações que tomamos diariamente sem nos questionar e que no fundo podem não ter nada a ver com o nosso próprio eu. É só lembrarmos a quantidade de vegetarianos que são vegetarianos porque não gostam de carne ou porque não conseguem comer carne sabendo que é um animal morto.

Coelho esfomeado...

O mágico é sacana, o coelho sofre, mas no final...
O filminho PRESTO da Pixar e da Walt Disney é a boa pedida para incentivar a criançada a comer cenoura: como o coelho faz! Mas tem que ser da orgânica, né??

Se quiser ver o vídeo grande clique aqui!

Agradeço a prima Rita que enviou o filme!!!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Regras de ABNT no Word 2007

Tenho escrito alguns textos para as aulas usando o Word 2007 e estava tendo dificuldades porque todas as vezes ficava digitando bibliografias, referências etc. Haja paciência.

Então, fazendo uma busca na web, encontrei um site do qual dá pra baixar o estilo ABNT para aplicar nas referências bibliográficas. Claro que para tal, deve-se inserir toda a bibliografia utilizada no Word - lá em Referências/ Gerenciar Fontes Bibliográficas - mas como não uso todas de uma vez, vou inserindo devagar e apenas uma primeira vez e depois vou gerenciando as entradas a cada novo documento.

Valeu muito a pena instalar. A única desvantagem que vi até agora é que o estilo não está adequado a inserção de artigos ou documentos de site, então até eu ver como resolver, estou usando a referência a artigos de site como se fosse o próprio site.

Enfim, o link para baixar o estilo da ABNT para o Word 2007é:
http://bibword.codeplex.com/Release/ProjectReleases.aspx?ReleaseId=27212
O arquivo para download é o primeiro: ABNT NBR 6023:2002

Lá tem também as orientações para a instalação...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Conteúdos apostilados...

Conteúdos apostilados nas escolas públicas parecem ser uma tendência absurda para os próximos anos.

Os argumentos apresentados para a adoção são em alguns momentos muito bem alimentados pela mídia e, em outros esparsos, apresentados a partir de uma contraposição de pontos positivos e negativos; mas em todos os casos, sem aprofundar na discussão. Basta checar as notícias...

03abr10 - http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u715773.shtml
29jun10 - http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ult10103u758763.shtml
29jun10 - http://www1.folha.uol.com.br/saber/758840-uso-de-apostilas-melhora-nota-de-alunos-de-escolas-publicas-de-sp.shtml
29jun10 - http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2010/06/29/uso-de-apostilas-melhora-resultado-de-alunos-paulistas-na-prova-brasil-diz-pesquisa-917009891.asp
30jun10 - http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/usar+apostilas+e+colocar+curativo+em+problema+diz+mec/n1237687539886.html

Muito triste isso... E como fico totalmente indignada, busco do artigo Abordagens contemporâneas de ensino/aprendizagem e a centralidade do conteúdo nos currículos de Ozerina Victor de Oliveira, apresentado no 9º ANPED Centro-Oeste em 2008, uma citação que justifica a necessidade de não focarmos o ensino/aprendizagem apenas nos conteúdos (o que não é isto que as apostilas propõe):

(...) a centralidade do conteúdo disciplinar se torna inadequada até ao mais desprezível dos propósitos dos mercado capitalista. (...) [pois] dos mais críticos aos conservadores, todos estão convencidos de que o conhecimento não progride em etapas ordenadas; de que a aprendizagem está para o desenvolvimento de funções ou estruturas mentais complexas e não para memorizar informações ou conteúdos; de que ensino/ aprendizagem é um processo e ocorre de modo indissociável tanto no que diz respeito a uma lógica interna, quanto no que se refere ao mundo.

É... temos que ter muita paciência e sabedoria para lidar com o que estão fazendo com a escola e o profissional docente!

As apostilas...

Pronto, era isso que estava faltando para poderem, mais uma vez, usar como justificativa para responsabilização dos professores por toda a falência no ensino: as apostilas.

Todo mundo que já deu aula, sabe que as apostilas engessam as aulas e anulam a possibilidade de conversar e utilizar com os alunos temas atuais diversos para tornar as aulas mais conectadas com a vida fora da escola. Quer um exemplo: Copa do mundo! Numa escola onde há uso da apostila esse tipo de opção para trabalho se torna inexistente. Por que? Ué, se o professor já tem a aula do dia programada, ou que seja a da semana, por alguém que nem está na escola e cuja proposta é, a priori, generalista e atemporal, Copa do Mundo não é um tema abordado.

Mas veja bem, como prof de matemática, época de Copa do Mundo é perfeita para ensinar regra de três!! É isso mesmo... Como todas as bandeiras tem tamanhos e proporções diferentes, nada mais legal do que brincar de aumentar e diminuir bandeiras diversas para depois, na aula de artes plásticas, os alunos criarem bandeiras criativamente. Por exemplo, a bandeira da Suíça e do Vaticano são quadradas (1x1),