Quem não ouviu ou leu a história da lebre e da tartaruga apostando corrida?
É uma história muito bacana para aqueles que são ansiosos como eu ou para quem acha que tem que fazer tudo rapidamente e de qualquer jeito é a melhor solução. Como dizem: nada como persistir, ainda que as coisas tenham que ser feitas vagarosamente. Mas também vale: quem segue devagar e com constância sempre chega na frente. Talvez sirva: não se pode desvalorizar os outros apenas pelo seu jeito, características ou forma de ser. Ou ainda: Não cante vitória antes do tempo... Sei lá... São várias morais para a mesma história mas sempre com o intuito de valorizar características bacanas nos seres humanos.
Mas qual não foi minha surpresa ao ouvir noutro dia uma colega dizendo que entrou numa turminha de educação infantil e descobriu na parede um lindo desenho com várias lebres e tartarugas com os nomes dos alunos escritos nelas... Os mais lentos, claro, são as tartarugas da turma, estão atrás, e os mais aligeirados são as lebres, estão na frente. O que isto significa? Por favor!
Existe uma grande diferença entre usar a história como lição enquanto persistência, não arrogância e valorização das diferenças e usar a mesma história classificando as crianças... É, não deixa de ser uma forma de classificá-las em fracas e fortes, ainda que, espero pelo bem mental das crianças, que a tia tenha dito que é porque eles também vão chegar lá. Mesmo assim dói...
Ficaria indignada e com certeza discutiria com a professores, coordenação e sei lá mais quem da escola se visse algo do tipo na sala de aula de uma sobrinha, afilhada, irmão ou coisa do tipo (não tenho filhos - só a minha dissertação de mestrado!).
As potencialidades dos alunos foram literalmente distorcidas, pois a complexidade de cada uma das crianças foi desconsiderada; hierarquizadas, pois de alguma maneira a professora, ou seja lá quem for, decidiu assumir um parâmetro para tal hierarquização (que parâmetro é esse, quem definiu, baseado em quê?); e escondidas, pois foram cercadas de uma metáfora, não necessariamente compreendida pelos pequenos.
É... Não me incomoda somente a professora. A responsabilidade não é só dela. Onde estava a coordenação pedagógica, outros colegas (duvido que não tenha comentado com alguém), a direção e os pais das crianças. O trabalho docente é essencialmente social e responsabilizar apenas a professora também não é solução - a professora não trabalha sozinha na escola! - mas não significa que ela não deva estar preparada para criticar, ou ainda, expor justificativas para suas ações. O que me lembra uma pergunta que tem me perseguido: qual será a proposta pedagógica dessa professora? Ou para cada um de nós: Qual é a sua proposta pedagógica enquanto professor?
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Desenho...
Tem um tempo que estou lutando contra mim mesma... Estou escrevendo minha qualificação para o mestrado. E é claro, não é nem um pouco legal, quero dizer, é legal, mas muito doído, para ser sincera. Concatenar ideias minhas com ideias de diversos autores de modo a elaborar um diálogo com justificativas expressamente claras tem sido bastante trabalhoso. Definitivamente acho que quando me perguntarem se tenho filho poderei dizer que pari minha dissertação. O que salva são os momentos em que preciso parar...
E foi num desses respiros que fiz o desenho que coloquei aqui...
Fiquei pensando no quanto ficou bacana e no quanto não tenho me dado a oportunidade de relaxar fazendo coisas que realmente gosto - fora assistir algum seriado, pois nem consigo pensar em ler um dos livros que estou animada para ler há uns meses: Millenium 3 do Stieg Larsson, Criatividade quântica do Amit Goswami, Orgulho e preconceito da linda Jane Austen e A vida é uma festa da Sarah Mason.Quem sabe não os coloco aqui por perto e vou lendo nos intervalos... Mas na rede!
E foi num desses respiros que fiz o desenho que coloquei aqui...
Fiquei pensando no quanto ficou bacana e no quanto não tenho me dado a oportunidade de relaxar fazendo coisas que realmente gosto - fora assistir algum seriado, pois nem consigo pensar em ler um dos livros que estou animada para ler há uns meses: Millenium 3 do Stieg Larsson, Criatividade quântica do Amit Goswami, Orgulho e preconceito da linda Jane Austen e A vida é uma festa da Sarah Mason.Quem sabe não os coloco aqui por perto e vou lendo nos intervalos... Mas na rede!
domingo, 21 de novembro de 2010
Dificuldades de aprendizagem
No entanto, olhando cuidadosamente, as dificuldades econômicas vivenciadas por algumas famílias podem ser muitas vezes justificadas exatamente pela falta de acesso a escola universalizada dos últimos anos e que não cobriu as algumas gerações das famílias menos favorecidas.
Além disto, a questão cultural é questionável quando considerarmos cultura não apenas como modo de vida ou homem letrado ou erudito nem muito menos como o legado deixado de pais e mães para filho(a)s mas como um conjunto de ações, de intenções na vivência social, entre sujeitos e suas subjetividades. A cultura faz parte do nosso dia a dia, do nosso local, da forma como nos encontramos no meio no qual vivemos. Por isto, talvez seja injusto dizer que há crianças e famílias aculturadas, pelo contrário! Apesar de escutarmos incessantemente que a cultura deve ser respeitada, que os artesãos da ilha de Marajó e os industriais da grande São Paulo tem cada qual sua cultura, não podemos desconsiderar sua presença na escola; presença esta constituidora do aluno enquanto sujeito aluno e futuro adulto.
Isto significa que não faz sentido tentar aprofundar uma proposta que resolva as dificuldades encontradas nas escolas sem considerar os aspectos culturais que continuam fazendo parte da vida do aluno. Precisamos lembrar que vida escolar é diferente da vida cotidiana: nossas crianças não passam o dia todo na escola, e não vivem todos os seus anos na escola.
Assim, talvez seja interessante não fornecer caminhos concretos, verdadeiros e únicos para uma escola inclusiva, mas ponderar sobre a valorização da cultura como parte da vida. Não que a escola tenha apenas como função a preparação para a vida social, para o trabalho, mas considerando que a escola deveria ter como foco o desenvolvimento do indivíduo consciente.
Além disto, quando falo de cultura, não me refiro à cultura branca, europeia, loira, heterossexual, masculina, que está presente nos livros didáticos, ditadores do currículo escolar, um absurdo tendo em vista que tendem a moldar a produtividade docente e por conseguinte impor uma divisão do trabalho material (prática pedagógica) e trabalho intelectual (práxis pedagógica). A cultura a que me refiro trata-se da cultura das músicas locais expressas pelos concursos de música brasileira, potiguares ou soteropolitanos, das comidas regionais como o berém caindo em desconhecimento por não terem espaço frente à ditadura das monoculturas em oposição às roupas coloridas, dos sotaques, dos cabelos encaracolados, enrolados, mas não lisos e loiramente coloridos como numa tentativa de negar sua origem.
Nessas horas me lembro do pronunciamento da nigeriana Chimamanda Adichie: Os perigos de uma história única, já postado aqui no blog. É uma pena nem todos terem oportunidade de mudar de país ou cidade contando com a possibilidade de, ao longo caminhos experimentais, enxergarmos nossas raízes, nossos valores, nossos verdadeiros “eu”.
Enfim, não podemos nos dar ao luxo de justificar as dificuldades de nossos alunos pela deficiência cultural e/ou econômica de seus pais, mães e familiares sem ao menos os conhecer, sem ao menos saber que tipo de bagagem eles podem trazer em suas pequenas grandes malas. É duro, mas temos que conhecer e reconhecer cada um de nossos alunos para que possamos fazer um bom trabalho... E aí vem outra dificuldade... Como fazer isto com as atuais condições das escolas brasileiras?.... Mas este fica para outro dia....
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
IV Seminário Brasileiro e Internacional de Estudos Culturais e Educação
O Programa de Pós-graduação em Educação da ULBRA, juntamente com os Programas de Pós-graduação em Educação e Educação em Ciências da UFRGS organizam o
4º Seminário Brasileiro de Estudos Culturais e Educação - 4º SBECE
1º Seminário Internacional de Estudos Culturais e Educação - 1º SIECE
Data: 23 a 25 de maio de 2011
Local: campus da ULBRA no município de Canoas, Rio Grande do Sul/Brasil.
Inscrições: 25 de outubro.
Envio de resumos: até 15 de dezembro.
Serão aceitos trabalhos em português e em espanhol.
Para mais informações, o site do evento: www.ulbra.br/4sbece.
4º Seminário Brasileiro de Estudos Culturais e Educação - 4º SBECE
1º Seminário Internacional de Estudos Culturais e Educação - 1º SIECE
Data: 23 a 25 de maio de 2011
Local: campus da ULBRA no município de Canoas, Rio Grande do Sul/Brasil.
Inscrições: 25 de outubro.
Envio de resumos: até 15 de dezembro.
Serão aceitos trabalhos em português e em espanhol.
Para mais informações, o site do evento: www.ulbra.br/4sbece.
Fórum Internacional
O Fórum Internacional de Políticas Públicas em Educação na América Latina promovido pela Faculdade de Educação da Universidade de Brasília - UnB em parceria com a UNESCO(IIPE-Buenos Aires e Representação no Brasil), em sua primeira edição, propõe-se a debater e aprofundar a reflexão nos eixos:
a questão federativa,
o financiamento da educação,
a questão docente e ensino superior,
de modo a oferecer aos formuladores e executores de políticas subsídios e indicações que podem ser relevantes para a governabilidade educacional dos próximos anos.
O programa para discussões e debates está disponível no site da Faculdade de Educação da UnB: http://www.fe.unb.br/forum-internacional/, assim como link para pré-inscrições. O evento é gratuito... A questão é ter vaga...
a questão federativa,
o financiamento da educação,
a questão docente e ensino superior,
de modo a oferecer aos formuladores e executores de políticas subsídios e indicações que podem ser relevantes para a governabilidade educacional dos próximos anos.
O programa para discussões e debates está disponível no site da Faculdade de Educação da UnB: http://www.fe.unb.br/forum-internacional/, assim como link para pré-inscrições. O evento é gratuito... A questão é ter vaga...
Seminário Internacional
Mais um evento... Desta vez o Ministério da Educação - MEC, por intermédio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – SECAD, convidam para o Seminário Internacional Educação integral em jornada ampliada: desafios e experiências para as políticas públicas em diferente países.
Local: Brasília/ DF
Data: 24 a 26 de novembro de 2010
Em foco estarão debates e reflexões acerca das experiências de educação em jornada ampliada/jornada completa/tempo integral, na perspectiva da educação integral, no âmbito das políticas públicas em diferentes países tendo em vista os desafios em termos de: legislação, organização curricular, financiamento, formação de professores, profissionais de apoio, alimentação, espaços educativos, entre outros.
O evento contará com participantes do MEC, UNB, OEI, CONSED, UNDIME, CNTE, CNE, e representantes dos países convidados (Chile, Argentina, Uruguai, Espanha, França, Finlândia, Inglaterra, Cuba, Canadá, Nova Zelândia e Coréia), além do coordenadores do Programa Mais Educação e da Equipe Técnica do Ministério da Educação.
Os temas:
- Educação Integral em Jornada Ampliada no Brasil: o estado da arte
- Educação Integral em Jornada Ampliada: as experiências dos países convidados (Chile, Argentina, Uruguai, Espanha, França, Finlândia, Inglaterra, Cuba, Canadá, Nova Zelândia e Coréia)
- Educação em Direitos Humanos e Educação Ambiental: pilares da educação integral
- Educação integral na cidade educadora: implicações da cidade na educação das crianças, adolescentes e jovens
- Tendências mundiais em Educação Integral em Jornada Ampliada
Não há muitas vagas, mas é importante sabermos o que está rolando por aí em relação a políticas públicas e educação.
Local: Brasília/ DF
Data: 24 a 26 de novembro de 2010
Em foco estarão debates e reflexões acerca das experiências de educação em jornada ampliada/jornada completa/tempo integral, na perspectiva da educação integral, no âmbito das políticas públicas em diferentes países tendo em vista os desafios em termos de: legislação, organização curricular, financiamento, formação de professores, profissionais de apoio, alimentação, espaços educativos, entre outros.
O evento contará com participantes do MEC, UNB, OEI, CONSED, UNDIME, CNTE, CNE, e representantes dos países convidados (Chile, Argentina, Uruguai, Espanha, França, Finlândia, Inglaterra, Cuba, Canadá, Nova Zelândia e Coréia), além do coordenadores do Programa Mais Educação e da Equipe Técnica do Ministério da Educação.
Os temas:
- Educação Integral em Jornada Ampliada no Brasil: o estado da arte
- Educação Integral em Jornada Ampliada: as experiências dos países convidados (Chile, Argentina, Uruguai, Espanha, França, Finlândia, Inglaterra, Cuba, Canadá, Nova Zelândia e Coréia)
- Educação em Direitos Humanos e Educação Ambiental: pilares da educação integral
- Educação integral na cidade educadora: implicações da cidade na educação das crianças, adolescentes e jovens
- Tendências mundiais em Educação Integral em Jornada Ampliada
Não há muitas vagas, mas é importante sabermos o que está rolando por aí em relação a políticas públicas e educação.
Novidades nas neurociências!
O site da Globo divulgou na área de ciências e saúde uma descoberta favorável à cura de um tipo de autismo: Sindrome de Rett. Apesar de ser tratamento para apenas um dos tipo de autismo, cujas características são comportamentos repetitivos e dificuldade de socialização, é um ponto super positivo para a ciência que via de regra está às margens dos interesses das industrias financiadoras.
Para que se interessa pelo assunto, principalmente se está em sala de aula, vale a leitura.
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/11/cientistas-brasileiros-consertam-neuronio-autista-em-laboratorio.html?utm_source=g1&utm_medium=email&utm_campaign=sharethis
Para que se interessa pelo assunto, principalmente se está em sala de aula, vale a leitura.
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/11/cientistas-brasileiros-consertam-neuronio-autista-em-laboratorio.html?utm_source=g1&utm_medium=email&utm_campaign=sharethis
terça-feira, 9 de novembro de 2010
The Story of Eletronics
OBA!!! Mais um dos maravilhosos filmes do Projeto Story of Stuff foi lançado hoje!!!
Depois de A História das Coisas (um passeio pela cadeia de produção e suas consequências ao meio ambiente e à saúde), da Água Engarrafada (o processo de produção do que não precisamos - manufactured demand), dos Cosméticos (produtos químicos que absorvemos pela pele) e do Cap & Trade (crítica aos créditos de carbono), agora temos a História dos Eletrônicos!!!
Toxics in, toxics out (Toxinas entram, toxinas saem) e Design for the dump (Design para descarte) são algumas frases que compõe a lembrança do filme!
Claro que recomendo totalmente dar uma chegada no site: http://storyofstuff.org/electronics/
Mas como eu, pode ser que alguns de vocês tenham dificuldade em carregar diretamente do site... Então, coloquei o vídeo abaixo.
Para quem está com o Inglês enferrujado, dá pra entender algo, pois as imagens dizem tudo!!! E em último caso, daqui um tempo, como aconteceu com os outros vídeos do projeto, fica fácil encontrar uma versão legendada em português!
Tudo começou com os Simpsons?
Encontrei uma vinheta dos Simpsons editada por um grafiteiro londrino, Banksy. Muito boa!!! Crítica aberta à exploração do trabalho asiático em prol da produção para consumo imediato e exacerbado.
Acontece que ontem estava relendo trechos do livro O mundo é plano, do Thomas L. Friedman, e fiquei pensando no quão facilmente somos enganados pelo brilhantismo de uma proposta de planificação do mundo na qual a hegemonia europeia e norte-americana, que não alcança maioria mundial, é mantida e reforçada por jornalistas, administradores e economistas. Os temas sempre vem floreados com propostas que parecem valorizar as comunidades locais, mas na verdade vem cercados de uma série de comprometimentos com apenas uma coisa: o capital!
No livro, Friedman apresenta uma série de sintomas, ou forças como ele diz, para justificar a planificação do mundo cuja ausência de limites geográficos mostra a extensão e a profundidade das relações comerciais entre países, empresas e organizações mundiais. Até aí, tudo bem.
O curioso do livro é que os exemplos relacionados à planificação do mundo via educação são ações implementadas por empresas, cujos presidentes e donos têm funções parecidas em organizações mundiais, como Fundo Monetário Internacional – FMI, e ao mesmo tempo tentam justificar suas empreitadas com o argumento de que todos ganham. São propostas que envolvem, via de regra, ações para facilitar o trabalho do professor: planos de aula, apresentações em PowerPoint, pacotes de dever de casa online e outras maneira animadas de ensinar matemática e ciências (p. 316)e são justificadas com a frase de que todos ganham: A Universidade de Cambridge está ganhando dinheiro com uma empresa que criou um novo nicho; os estudantes indianos ganham um dinheirinho; e os alunos de Cingapura aprendem mais (p. 316-7, grifo meu).
Entretanto, esses ganhos são financeiros, não são igualitários, não consideram as representações culturais locais, não consideram as particularidades das escolas e dos funcionários que nela trabalham, e por aí vai. Numa escola não há apenas professores. Há toda uma equipe que funciona, ou deveria funcionar, em prol da educação. Então o que há de se fazer com o papel dos coordenadores educacionais, orientadores e raros psicólogos?
Enfim, pano para manga essas discussões que podem ser levadas para a sala de aula... Qual estudante não gostaria de dar umas risadas com a vinheta e ao mesmo tempo se deparar com um tema a ser discutido?&
Mas por hora deixo as discussões por aqui e coloco o vídeo da vinheta dos Simpsons... Para alimentar o pensamento!
E Ah! Vale acessar o site do Banksy, há outros vídeos e imagens geniais! http://www.banksy.co.uk
Acontece que ontem estava relendo trechos do livro O mundo é plano, do Thomas L. Friedman, e fiquei pensando no quão facilmente somos enganados pelo brilhantismo de uma proposta de planificação do mundo na qual a hegemonia europeia e norte-americana, que não alcança maioria mundial, é mantida e reforçada por jornalistas, administradores e economistas. Os temas sempre vem floreados com propostas que parecem valorizar as comunidades locais, mas na verdade vem cercados de uma série de comprometimentos com apenas uma coisa: o capital!
No livro, Friedman apresenta uma série de sintomas, ou forças como ele diz, para justificar a planificação do mundo cuja ausência de limites geográficos mostra a extensão e a profundidade das relações comerciais entre países, empresas e organizações mundiais. Até aí, tudo bem.
O curioso do livro é que os exemplos relacionados à planificação do mundo via educação são ações implementadas por empresas, cujos presidentes e donos têm funções parecidas em organizações mundiais, como Fundo Monetário Internacional – FMI, e ao mesmo tempo tentam justificar suas empreitadas com o argumento de que todos ganham. São propostas que envolvem, via de regra, ações para facilitar o trabalho do professor: planos de aula, apresentações em PowerPoint, pacotes de dever de casa online e outras maneira animadas de ensinar matemática e ciências (p. 316)e são justificadas com a frase de que todos ganham: A Universidade de Cambridge está ganhando dinheiro com uma empresa que criou um novo nicho; os estudantes indianos ganham um dinheirinho; e os alunos de Cingapura aprendem mais (p. 316-7, grifo meu).
Entretanto, esses ganhos são financeiros, não são igualitários, não consideram as representações culturais locais, não consideram as particularidades das escolas e dos funcionários que nela trabalham, e por aí vai. Numa escola não há apenas professores. Há toda uma equipe que funciona, ou deveria funcionar, em prol da educação. Então o que há de se fazer com o papel dos coordenadores educacionais, orientadores e raros psicólogos?
Enfim, pano para manga essas discussões que podem ser levadas para a sala de aula... Qual estudante não gostaria de dar umas risadas com a vinheta e ao mesmo tempo se deparar com um tema a ser discutido?&
Mas por hora deixo as discussões por aqui e coloco o vídeo da vinheta dos Simpsons... Para alimentar o pensamento!
E Ah! Vale acessar o site do Banksy, há outros vídeos e imagens geniais! http://www.banksy.co.uk
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Seminário sobre comportamento autista no IESB
Local: IESB-Sul- L2 - SGAS 613/614 - lotes 97 e 98
Horário: sempre das 14h às 17h
Informações: 61 3445-4522
Inscrições: www.iesb.br
Cronograma:
23 de outubro: Conceitos introdutórios; Análise do comportamento e o método ABA; Exercício prático: realizando análises funcionais.
20 de novembro: Como avaliar e escolher intervenções e tratamentos de forma crítica; Como avaliar os resultados de uma intervenção; Exercício prático: elaboração de um programa de ensino.
27 de novembro: Apresentação dos trabalho práticos desenvolvidos pelos grupos; Avaliação crítica do evento e programação de um novo ciclo de seminários.
Horário: sempre das 14h às 17h
Informações: 61 3445-4522
Inscrições: www.iesb.br
Cronograma:
23 de outubro: Conceitos introdutórios; Análise do comportamento e o método ABA; Exercício prático: realizando análises funcionais.
20 de novembro: Como avaliar e escolher intervenções e tratamentos de forma crítica; Como avaliar os resultados de uma intervenção; Exercício prático: elaboração de um programa de ensino.
27 de novembro: Apresentação dos trabalho práticos desenvolvidos pelos grupos; Avaliação crítica do evento e programação de um novo ciclo de seminários.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Ideologia nas HQ's
Estive lendo A Ideologia Alemã, de Marx e Engels. Não sei como não havia lido antes... Mas como diriam, antes tarde do que nunca.
A questão é que minha relação com meu avô (meu paizão de criação) sempre baseada em conversas sobre moralidade, honra, trabalho, entre outras coisas, muitas vezes envolveu comunismo, e mesmo tendo lido algumas coisas sobre o assunto, Manifesto Comunista (de Marx) e Fundamentos da Escola do Trabalho (de Pistrak), diversos artigos sobre o conceito de trabalho, não tinha parado para ler outros textos de Marx e Engels por achar que a leitura seria muito complexa; ou seja, várias vezes li fontes secundárias. Bobagem... Quanto tempo perdido! Talvez o Capital tenha esse viés denso e perturbador (nunca me atrevi a ler uma página), talvez a leitura tenha sido mais fácil do que o imaginado por ter feitos as leituras secundárias. Mas, enfim, nada como o original! Leitura de muito bom grado.
Tudo bem que meu interesse na relação entre divisão de classes, a divisão do trabalho e processos de produção vem de uma história familiar, o que consequentemente me levou a fazer minha pesquisa de mestrado sobre a relação trabalho e educação, mas o que me fez vir aqui não foi exatamente isto. Na verdade, esse assunto vai ficar para uma outra vez.
O que me mobilizou a vir escrever aqui foi saber que a discussão sobre o conceito de ideologia foi germinada no A Ideologia Alemã. Ideologia como ilusão sobre a própria realidade de maneira enviesada, como consciência falsa. Melhor ainda, ideologia como fetichismo da mercadoria, do capital e de outras categorias da economia burguesa. E como não poderia ser diferente, fiquei pensando em quais seriam as primeiras formas de ilusão a que nos submetemos enquanto crianças. HQ's! Claro, nas HQ's temos várias mensagens que nos dizem como nos comportar de acordo com os ditames de um grupo social branca, heterossexual, masculino.
Em outra postagem cheguei a colocar um trecho de uma HQ da Turma da Mônica sobre drogados. Terrível. Tudo bem que temos que valorizar os quadrinhos brasileiros, principalmente porque via de regra não temos representatividade cultural entre os quadrinhos internacionais. Mas ainda assim, incomoda:
- Chico Bento é um garoto que vive na zona rural, fala errado, não consegue aprender, é preguiçoso, as barras de sua calça são rasgadas.
- Magali é uma garota que come, come e não engorda.
- Mônica é mandona, por diversas vezes grosseira, praticante de bulling.
e por aí vai...
Obrigação nossa como educadores, irmãs(ãos), tias(os), mães e pais, familiares, enfim, não é proibir leituras, mas torná-las críticas, conversar sobre o significado do que é apresentado. Chico Bento facilita a criação de um estereótipo e a negação do campo como espaço de desenvolvimento, numa contraposição à cidade. Não é apresentado o campo como um espaço de crescimento, de contato com informações que não se tem vivendo apenas na cidade.
Enfim, sem tornar longa a conversa, para termos uma ideia de como funciona a ideologia nas histórias em quadrinho e, consequentemente, a alienação (ou se preferir, programação) coloquei abaixo a primeira tirinha do Chico Bento que encontrei no nosso amigo Google...
O loirinho, filho de latifundiário (?), sabe muito e fala corretamente; e o Chico Bento...
Aliás, se alguém quiser ler algo bem básico sobre o assunto ideologia nas HQ's recomendo o capítulo 7 do livro Filosofando: Introdução à Filosofia da Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins - livro normalmente adotado nas escolas de ensino médio para ensino de Filosofia. Vale a pena ter!
A questão é que minha relação com meu avô (meu paizão de criação) sempre baseada em conversas sobre moralidade, honra, trabalho, entre outras coisas, muitas vezes envolveu comunismo, e mesmo tendo lido algumas coisas sobre o assunto, Manifesto Comunista (de Marx) e Fundamentos da Escola do Trabalho (de Pistrak), diversos artigos sobre o conceito de trabalho, não tinha parado para ler outros textos de Marx e Engels por achar que a leitura seria muito complexa; ou seja, várias vezes li fontes secundárias. Bobagem... Quanto tempo perdido! Talvez o Capital tenha esse viés denso e perturbador (nunca me atrevi a ler uma página), talvez a leitura tenha sido mais fácil do que o imaginado por ter feitos as leituras secundárias. Mas, enfim, nada como o original! Leitura de muito bom grado.
Tudo bem que meu interesse na relação entre divisão de classes, a divisão do trabalho e processos de produção vem de uma história familiar, o que consequentemente me levou a fazer minha pesquisa de mestrado sobre a relação trabalho e educação, mas o que me fez vir aqui não foi exatamente isto. Na verdade, esse assunto vai ficar para uma outra vez.
O que me mobilizou a vir escrever aqui foi saber que a discussão sobre o conceito de ideologia foi germinada no A Ideologia Alemã. Ideologia como ilusão sobre a própria realidade de maneira enviesada, como consciência falsa. Melhor ainda, ideologia como fetichismo da mercadoria, do capital e de outras categorias da economia burguesa. E como não poderia ser diferente, fiquei pensando em quais seriam as primeiras formas de ilusão a que nos submetemos enquanto crianças. HQ's! Claro, nas HQ's temos várias mensagens que nos dizem como nos comportar de acordo com os ditames de um grupo social branca, heterossexual, masculino.
Em outra postagem cheguei a colocar um trecho de uma HQ da Turma da Mônica sobre drogados. Terrível. Tudo bem que temos que valorizar os quadrinhos brasileiros, principalmente porque via de regra não temos representatividade cultural entre os quadrinhos internacionais. Mas ainda assim, incomoda:
- Chico Bento é um garoto que vive na zona rural, fala errado, não consegue aprender, é preguiçoso, as barras de sua calça são rasgadas.
- Magali é uma garota que come, come e não engorda.
- Mônica é mandona, por diversas vezes grosseira, praticante de bulling.
e por aí vai...
Obrigação nossa como educadores, irmãs(ãos), tias(os), mães e pais, familiares, enfim, não é proibir leituras, mas torná-las críticas, conversar sobre o significado do que é apresentado. Chico Bento facilita a criação de um estereótipo e a negação do campo como espaço de desenvolvimento, numa contraposição à cidade. Não é apresentado o campo como um espaço de crescimento, de contato com informações que não se tem vivendo apenas na cidade.
Enfim, sem tornar longa a conversa, para termos uma ideia de como funciona a ideologia nas histórias em quadrinho e, consequentemente, a alienação (ou se preferir, programação) coloquei abaixo a primeira tirinha do Chico Bento que encontrei no nosso amigo Google...
O loirinho, filho de latifundiário (?), sabe muito e fala corretamente; e o Chico Bento...
Aliás, se alguém quiser ler algo bem básico sobre o assunto ideologia nas HQ's recomendo o capítulo 7 do livro Filosofando: Introdução à Filosofia da Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins - livro normalmente adotado nas escolas de ensino médio para ensino de Filosofia. Vale a pena ter!
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
"On Reading" by André Kertész
O livro On Reading é composto por fotos tiradas pelo húngaro André Kertész (1894–1985) entre 1915 e 1980 em vários locais nos quais viveu, visitou ou trabalhou - incluindo Argentina, France, Hungary, UK e USA
Ao ver as fotos, que celebram o poder de absorção e prazer da leitura, não conseguia deixar de pensar nos leitores do metrô, do ônibus, das bancas de jornal, dos lugares inesperados como o tapume lateral de uma obra. Leitores que se fazem leitores motivados ou não pela curiosidade. Por que não incentivar a leitura, seja ela qual for, e a partir delas trocar ideias e impressões, criticar e analisar posições e argumentos. Quem sabe assim consigamos formar e ser bons leitores, mesmo que baseados em HQ's, letreiros, outdoors ou classificados de jornal.
É a importância do livro e da cultura da leitura!
Algumas fotos: http://www.photonet.org.uk/index.php?pxid=955
Muitas fotos: http://collections.mocp.org/info.php?f=maker&type=browse&t=objects&s=Kertesz%2C+Andre
Algumas infos: http://www.mocp.org/collections/permanent/kertesz_andre.php
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
XV Congresso Brasileiro de Sociologia
O XV Congresso será realizado em Curitiba (PR) entre 26 a 29 de julho de 2011. Ainda falta bastante, mas vale o aviso porque estão abertas as inscrições para propostas de trabalhos nos GT's.
Para mais informações além do cronograma:
http://www.sbs2011.sbsociologia.com.br/
Cronograma:
- Inscrição online de propostas de Grupos de Trabalho: 07/04 a 17/06/2010
- Inscrição online de propostas para trabalhos em GTs: 24/08 a 25/11/2010
- Inscrição online de propostas para o "Sociólogos do Futuro": 17/08 a 18/11/2010
- Inscrição online de propostas de Mesas-Redondas: 08/11 a 16/12/2010
- Seleção dos Grupos de Trabalho do XV Congresso: 14/06 a 12/08/2010
- Seleção da programação dos "Sociólogos do Futuro": 23/11/2010 a 10/02/2011
- Seleção da programação dos Grupos de Trabalho: 25/11/2010 a 17/02/2011
- Abertura das inscrições gerais no Congresso e início do recebimento dos pagamentos de taxa de inscrição: 18/01/2011
- Divulgação do resultado da seleção de Sociólogos e GTs: 22/02/2011
- Divulgação do resultado das mesas-redondas: 01/03/2011
- Divulgação das demais atividades da programação do XV Congresso: 31/03/2011
- Prazo final para envio na íntegra dos trabalhos aprovados para GTs e "Sociólogos do Futuro": 15/06/2011
- Prazo final para realização de inscrições antecipadas no Congresso: 15/07/2011
- Realização do XV Congresso Brasileiro de Sociologia: 26 a 29/07/2011
Para mais informações além do cronograma:
http://www.sbs2011.sbsociologia.com.br/
Cronograma:
- Inscrição online de propostas de Grupos de Trabalho: 07/04 a 17/06/2010
- Inscrição online de propostas para trabalhos em GTs: 24/08 a 25/11/2010
- Inscrição online de propostas para o "Sociólogos do Futuro": 17/08 a 18/11/2010
- Inscrição online de propostas de Mesas-Redondas: 08/11 a 16/12/2010
- Seleção dos Grupos de Trabalho do XV Congresso: 14/06 a 12/08/2010
- Seleção da programação dos "Sociólogos do Futuro": 23/11/2010 a 10/02/2011
- Seleção da programação dos Grupos de Trabalho: 25/11/2010 a 17/02/2011
- Abertura das inscrições gerais no Congresso e início do recebimento dos pagamentos de taxa de inscrição: 18/01/2011
- Divulgação do resultado da seleção de Sociólogos e GTs: 22/02/2011
- Divulgação do resultado das mesas-redondas: 01/03/2011
- Divulgação das demais atividades da programação do XV Congresso: 31/03/2011
- Prazo final para envio na íntegra dos trabalhos aprovados para GTs e "Sociólogos do Futuro": 15/06/2011
- Prazo final para realização de inscrições antecipadas no Congresso: 15/07/2011
- Realização do XV Congresso Brasileiro de Sociologia: 26 a 29/07/2011
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Confraternização no final do ano... ou não!
Neste ano a greve da UnB nos deixou de recesso em setembro... Bom! Adoro recessos fora de época. Pena que estou sem grana pra viajar... Contenções em prol de certas opções para encaminhar a vida. Mas o legal é que mesmo com esse pequeno percalço, desvio de calendário em 60 dias, e consequentemente uma desestimulada grande no nosso ânimo para estudos, em algumas turmas/ disciplinas tivemos confraternização...
A ideia foi bem bacana, mas também é preciso ressaltar que e só foi possível por que a maneira como a turma se relacionou ao longo do semestre propiciou certos diálogos e interações. E levando em consideração que o tipo de organização disciplinar na UnB não promove maior integração entre os alunos, posso até dizer que foi também uma surpresa. Esse esquema de cada aluno um montar seu próprio horário e por isto não encontrar sempre com todo mundo pode afastar, mas também pode viabilizar interação com uma quantidade mais diversificada de pessoas... mesmo no mestrado.
Numa turma, chegamos a trocar de presentes... feitos por nós mesmos! É isso mesmo! Demais!! Totalmente maneiro! Ao decidirmos que iríamos fazermos aquele sorteio onde o sorteado pode escolher qualquer presente retirado anteriormente ou um ainda não escolhido, alguém (eu...rs...) sugeriu que seria diferente e ecologicamente correto trocarmos presentes feitos por nós mesmos, reciclados ou não, e que não fosse comprados. Como não sou habilidosa, fiz um porta treco para colocar em cima da mesa com sobras de caixa de papelão, encapado com jornal e cola branca e com algumas florzinhas de jornal pintadas de roxo. Deu pro gasto.
Agora minhas colegas... Caixas de madeira pintadas, uma delas recheada de roscas doces (essa era da Claudinha, mineira!), porta joias de tecido super prático para levar em viagem, caderno de anotação ecológico, boneca de pano (lindinha demais!), bijus (brincos, colares e pulseiras), cd com as aulas gravadas, porta joias de bambu, bonecas de palha, cachecol de trico, e por aí vai... Pena que não tirei foto de tudo...
Ou seja, nada como termos espaço para exercitar a nossa criatividade.
Então fiquei pensando: o que será que os alunos mais novos, a moçadinha faria? Sei que a disposição deles é diferente, mas valendo poesia, cd com músicas ou fotos ou vídeos, pintura, escultura, música, etc, ou seja, tem que ser algo em que se gaste um tempo, um pouco de nós mesmos... Sei lá. Achei muito bacana, e o resultado foi lindo. Se alguém se animar pra fazer com a moçadinha, conte aí... Adoraria fazer isso com crianças!
Aliás, vou propor para o amigo oculto de final de ano na família!
A ideia foi bem bacana, mas também é preciso ressaltar que e só foi possível por que a maneira como a turma se relacionou ao longo do semestre propiciou certos diálogos e interações. E levando em consideração que o tipo de organização disciplinar na UnB não promove maior integração entre os alunos, posso até dizer que foi também uma surpresa. Esse esquema de cada aluno um montar seu próprio horário e por isto não encontrar sempre com todo mundo pode afastar, mas também pode viabilizar interação com uma quantidade mais diversificada de pessoas... mesmo no mestrado.
Numa turma, chegamos a trocar de presentes... feitos por nós mesmos! É isso mesmo! Demais!! Totalmente maneiro! Ao decidirmos que iríamos fazermos aquele sorteio onde o sorteado pode escolher qualquer presente retirado anteriormente ou um ainda não escolhido, alguém (eu...rs...) sugeriu que seria diferente e ecologicamente correto trocarmos presentes feitos por nós mesmos, reciclados ou não, e que não fosse comprados. Como não sou habilidosa, fiz um porta treco para colocar em cima da mesa com sobras de caixa de papelão, encapado com jornal e cola branca e com algumas florzinhas de jornal pintadas de roxo. Deu pro gasto.
Agora minhas colegas... Caixas de madeira pintadas, uma delas recheada de roscas doces (essa era da Claudinha, mineira!), porta joias de tecido super prático para levar em viagem, caderno de anotação ecológico, boneca de pano (lindinha demais!), bijus (brincos, colares e pulseiras), cd com as aulas gravadas, porta joias de bambu, bonecas de palha, cachecol de trico, e por aí vai... Pena que não tirei foto de tudo...
Ou seja, nada como termos espaço para exercitar a nossa criatividade.
Então fiquei pensando: o que será que os alunos mais novos, a moçadinha faria? Sei que a disposição deles é diferente, mas valendo poesia, cd com músicas ou fotos ou vídeos, pintura, escultura, música, etc, ou seja, tem que ser algo em que se gaste um tempo, um pouco de nós mesmos... Sei lá. Achei muito bacana, e o resultado foi lindo. Se alguém se animar pra fazer com a moçadinha, conte aí... Adoraria fazer isso com crianças!
Aliás, vou propor para o amigo oculto de final de ano na família!
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
A importância de fechar a boca e abrir os braços
Hoje recebi um email com uma história bem bacana. Na mesma hora pensei em postar aqui porque apesar de ter sido encaminhada para mães, a ação que o texto sugere deveria ser estendida a todas as pessoas com as quais mantemos relacionamentos mas que via de regra se envolvem o lidar com o ser humano em momentos de dificuldade emocional ou não!
Levar esse tipo de lição para a sala de aula é valoroso. Nem sempre lembramos de escutar nossos alunos. Via de regra nossa voz ocupa todo o espaço não deixando qualquer oportunidade para que eles externalizem suas vontades, curiosidades, seus desejos... Inclusive o desejo de saber. Ás vezes fico me perguntando: como podemos ensinar aos nossos alunos não deixamos que eles se manifestem e sequer sabemos o que eles desejam saber?!?!
Uma amiga ligou com notícias perturbadoras: a filha solteira estava grávida. Relatou a cena terrível ocorrida no momento em que a filha finalmente contou a ela e ao marido sobre a gravidez. Houve acusações e recriminações, variações sobre o tema "Como pôde fazer isso conosco?" Meu coração doeu por todos: pelos pais que se sentiam traídos e pela filha que se envolveu numa situação complicada como aquela. Será que eu poderia ajudar, servir de ponte entre as duas partes?
Fiquei tão arrasada com a situação que fiz o que faço – com alguma frequência – quando não consigo pensar com clareza: liguei para minha mãe. Ela me lembrou de algo que sempre a ouvi dizer. Imediatamente, escrevi um bilhete para minha amiga, compartilhando o conselho de minha mãe: "Quando uma criança está em apuros, feche a boca e abra os braços." Tentei seguir o mesmo conselho na criação de meus filhos. Tendo tido cinco em seis anos, é claro que nem sempre conseguia. Tenho uma boca enorme e uma paciência minúscula.
Lembro-me de quando Kim, a mais velha, estava com quatro anos e derrubou o abajur de seu quarto. Depois de me certificar de que não estava machucada, me lancei numa invectiva sobre aquele abajur ser uma antiguidade, sobre estar em nossa família há três gerações, sobre ela precisar ter mais cuidado e como foi que aquilo tinha acontecido – e só então percebi o pavor estampado em seu rosto. Os olhos estavam arregalados, o lábio tremia. Então me lembrei das palavras de minha mãe. Parei no meio da frase e abri os braços. Kim correu para eles dizendo: – Desculpa... Desculpa – repetia, entre soluços. Nos sentamos em sua cama, abraçadas, nos embalando. Eu me sentia péssima por tê-la assustado e por fazê-la crer, até mesmo por um segundo, que aquele abajur era mais valioso para mim do que ela. – Eu também sinto muito, Kim – disse quando ela se acalmou o bastante para conseguir me ouvir. Gente é mais importante do que abajures. Ainda bem que você não se cortou. Felizmente, ela me perdoou.
O incidente do abajur não deixou marcas perenes. Mas o episódio me ensinou que é melhor segurar a língua do que tentar voltar atrás após um momento de fúria, medo, desapontamento ou frustração. Quando meus filhos eram adolescentes – todos os cinco ao mesmo tempo – me deram inúmeros outros motivos para colocar a sabedoria de minha mãe em prática: problemas com amigos, o desejo de ser popular, não ter par para ir ao baile da escola, multas de trânsito, experimentos de ciência malsucedidos e ficar em recuperação.
Confesso, sem pudores, que seguir o conselho de minha mãe não era a primeira coisa que me passava pela mente quando um professor ou diretor telefonava da escola. Depois de ir buscar o infrator da vez, a conversa do carro era, por vezes, ruidosa e unilateral. Entretanto, nas ocasiões em que me lembrava da técnica de mamãe, eu não precisava voltar atrás no meu mordaz sarcasmo, me desculpar por suposições errôneas ou suspender castigos muito pouco razoáveis.
É impressionante como a gente acaba sabendo muito mais da história e da motivação atrás dela, quando está abraçando uma criança, mesmo uma criança num corpo adulto. Quando eu segurava a língua, acabava ouvindo meus filhos falarem de seus medos, de sua raiva, de culpas e arrependimentos. Não ficavam na defensiva porque eu não os estava acusando de coisa alguma. Podiam admitir que estavam errados sabendo que eram amados, contudo. Dava para trabalharmos com "o que você acha que devemos fazer agora", em vez de ficarmos presos a "como foi que a gente veio parar aqui?"
Meus filhos hoje estão crescidos, a maioria já constituiu a própria família. Um deles veio me ver há alguns meses e disse "Mãe, cometi uma idiotice..." Depois de um abraço, nos sentamos à mesa da cozinha. Escutei e me limitei a assentir com a cabeça durante quase uma hora enquanto aquela criança maravilhosa passava o seu problema por uma peneira. Quando nos levantamos, recebi um abraço de urso que quase esmagou os meus pulmões. – Obrigado, mãe. Sabia que você me ajudaria a resolver isto. É incrível como pareço inteligente quando fecho a boca e abro os braços.
Histórias para aquecer o coração das mães
Jack Canfield, Mark Victor Hansen e outros
Editora Sextante
Levar esse tipo de lição para a sala de aula é valoroso. Nem sempre lembramos de escutar nossos alunos. Via de regra nossa voz ocupa todo o espaço não deixando qualquer oportunidade para que eles externalizem suas vontades, curiosidades, seus desejos... Inclusive o desejo de saber. Ás vezes fico me perguntando: como podemos ensinar aos nossos alunos não deixamos que eles se manifestem e sequer sabemos o que eles desejam saber?!?!
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Uma amiga ligou com notícias perturbadoras: a filha solteira estava grávida. Relatou a cena terrível ocorrida no momento em que a filha finalmente contou a ela e ao marido sobre a gravidez. Houve acusações e recriminações, variações sobre o tema "Como pôde fazer isso conosco?" Meu coração doeu por todos: pelos pais que se sentiam traídos e pela filha que se envolveu numa situação complicada como aquela. Será que eu poderia ajudar, servir de ponte entre as duas partes?
Fiquei tão arrasada com a situação que fiz o que faço – com alguma frequência – quando não consigo pensar com clareza: liguei para minha mãe. Ela me lembrou de algo que sempre a ouvi dizer. Imediatamente, escrevi um bilhete para minha amiga, compartilhando o conselho de minha mãe: "Quando uma criança está em apuros, feche a boca e abra os braços." Tentei seguir o mesmo conselho na criação de meus filhos. Tendo tido cinco em seis anos, é claro que nem sempre conseguia. Tenho uma boca enorme e uma paciência minúscula.
Lembro-me de quando Kim, a mais velha, estava com quatro anos e derrubou o abajur de seu quarto. Depois de me certificar de que não estava machucada, me lancei numa invectiva sobre aquele abajur ser uma antiguidade, sobre estar em nossa família há três gerações, sobre ela precisar ter mais cuidado e como foi que aquilo tinha acontecido – e só então percebi o pavor estampado em seu rosto. Os olhos estavam arregalados, o lábio tremia. Então me lembrei das palavras de minha mãe. Parei no meio da frase e abri os braços. Kim correu para eles dizendo: – Desculpa... Desculpa – repetia, entre soluços. Nos sentamos em sua cama, abraçadas, nos embalando. Eu me sentia péssima por tê-la assustado e por fazê-la crer, até mesmo por um segundo, que aquele abajur era mais valioso para mim do que ela. – Eu também sinto muito, Kim – disse quando ela se acalmou o bastante para conseguir me ouvir. Gente é mais importante do que abajures. Ainda bem que você não se cortou. Felizmente, ela me perdoou.
O incidente do abajur não deixou marcas perenes. Mas o episódio me ensinou que é melhor segurar a língua do que tentar voltar atrás após um momento de fúria, medo, desapontamento ou frustração. Quando meus filhos eram adolescentes – todos os cinco ao mesmo tempo – me deram inúmeros outros motivos para colocar a sabedoria de minha mãe em prática: problemas com amigos, o desejo de ser popular, não ter par para ir ao baile da escola, multas de trânsito, experimentos de ciência malsucedidos e ficar em recuperação.
Confesso, sem pudores, que seguir o conselho de minha mãe não era a primeira coisa que me passava pela mente quando um professor ou diretor telefonava da escola. Depois de ir buscar o infrator da vez, a conversa do carro era, por vezes, ruidosa e unilateral. Entretanto, nas ocasiões em que me lembrava da técnica de mamãe, eu não precisava voltar atrás no meu mordaz sarcasmo, me desculpar por suposições errôneas ou suspender castigos muito pouco razoáveis.
É impressionante como a gente acaba sabendo muito mais da história e da motivação atrás dela, quando está abraçando uma criança, mesmo uma criança num corpo adulto. Quando eu segurava a língua, acabava ouvindo meus filhos falarem de seus medos, de sua raiva, de culpas e arrependimentos. Não ficavam na defensiva porque eu não os estava acusando de coisa alguma. Podiam admitir que estavam errados sabendo que eram amados, contudo. Dava para trabalharmos com "o que você acha que devemos fazer agora", em vez de ficarmos presos a "como foi que a gente veio parar aqui?"
Meus filhos hoje estão crescidos, a maioria já constituiu a própria família. Um deles veio me ver há alguns meses e disse "Mãe, cometi uma idiotice..." Depois de um abraço, nos sentamos à mesa da cozinha. Escutei e me limitei a assentir com a cabeça durante quase uma hora enquanto aquela criança maravilhosa passava o seu problema por uma peneira. Quando nos levantamos, recebi um abraço de urso que quase esmagou os meus pulmões. – Obrigado, mãe. Sabia que você me ajudaria a resolver isto. É incrível como pareço inteligente quando fecho a boca e abro os braços.
Histórias para aquecer o coração das mães
Jack Canfield, Mark Victor Hansen e outros
Editora Sextante
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Sacos de jornal para lixo!
Mais um email que recebi e vale a pena colocar aqui para divulgar! Esse já tem tempo... lá de 23 de agosto... guardado para publicar!
Dei uma procurada na web, mas não sei de quem é a ideia. Muitas pessoas publicaram como veio o email, em primeira pessoa. Então, sinto muito por não poder indicar a fonte! O legal é que a dobradura é um origami!
Bom, eis a ideia: "se o lixo é limpo, como de escritório (papel de fax, pedaços de durex, etc), pode ir direto para a lixeira sem proteção". Na verdade, aqui podemos sempre lembrar de separar o lixo reciclável e levar para locais de coleta ou entrar em contato com cooperativas que fazem a coleta no condomínio onde mora. Tem lugares em Brasília que a coleta é pública e semanal, o que é ótimo. Quem não tem essa regalia, como eu, então o esquema é levar para locais de coleta.
Mas, "no caso dos lixinhos da pia e do banheiro (absorventes, fio dental, cotonetes), [que não são recicláveis] o melhor substituto da sacolinha de plástico é o saquinho de jornal. Ele mantém a lixeira limpa, facilita na hora de retirar o lixo e é facílimo de fazer." É como um origami de copo, mas em tamanho aumentado e de folhas de jornal.
Dei uma procurada na web, mas não sei de quem é a ideia. Muitas pessoas publicaram como veio o email, em primeira pessoa. Então, sinto muito por não poder indicar a fonte! O legal é que a dobradura é um origami!
Bom, eis a ideia: "se o lixo é limpo, como de escritório (papel de fax, pedaços de durex, etc), pode ir direto para a lixeira sem proteção". Na verdade, aqui podemos sempre lembrar de separar o lixo reciclável e levar para locais de coleta ou entrar em contato com cooperativas que fazem a coleta no condomínio onde mora. Tem lugares em Brasília que a coleta é pública e semanal, o que é ótimo. Quem não tem essa regalia, como eu, então o esquema é levar para locais de coleta.
Mas, "no caso dos lixinhos da pia e do banheiro (absorventes, fio dental, cotonetes), [que não são recicláveis] o melhor substituto da sacolinha de plástico é o saquinho de jornal. Ele mantém a lixeira limpa, facilita na hora de retirar o lixo e é facílimo de fazer." É como um origami de copo, mas em tamanho aumentado e de folhas de jornal.
Ideia para fechar sacos plásticos
Ontem recebi um email com uma ideia muito bacana para fechar aqueles sacos com sobras de feijão, arroz, açúcar, alimentos em geral, mantimentos ou outras coisas também. Aqui em casa uso os arames encapados com plástico dos sacos de pão e também os prendedores de roupa, mas nada como uma ideia a mais!
Vale fazer o experimento com os alunos... De pouco em pouco algumas ideias sobre reciclagem e respeito ao meio ambiente vão tomando forma...
Corte abaixo do gargalo com uma tesoura, estilete ou faca.
Passe o saco plástico dentro do gargalo - não se esqueça de limpá-lo antes!
Depois é só fechar com a tampa!
Simples, não?
Vale fazer o experimento com os alunos... De pouco em pouco algumas ideias sobre reciclagem e respeito ao meio ambiente vão tomando forma...
Corte abaixo do gargalo com uma tesoura, estilete ou faca.
Passe o saco plástico dentro do gargalo - não se esqueça de limpá-lo antes!
Depois é só fechar com a tampa!
Simples, não?
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Mestrado em Ética e Epistemologia/ UFPI
Acho que o tema já deixa os sentidos aguçados...rs...
Inscrições para o Curso de Mestrado em Ética e Epistemologia começaram no dia 31/08/2010. O curso está sendo ofertado pela Universidade Federal do Piauí, através da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação/ Coordenadoria Geral de Pós-Graduação (PRPPG/CGPG).
São até 19 (dezenove) vagas para a 4ª Turma (Março 2011- Fevereiro 2013), com início de aulas previsto para o primeiro período letivo de 2011, abertas ao público em geral e distribuídas de acordo com a disponibilidade e com os temas de estudo dos docentes/orientadores(as) credenciado(a)s junto ao mestrado, em suas duas Linhas de Pesquisa:
a) Ética e Filosofia Política - 12 (doze) vagas
b) Epistemologia e Filosofia da Linguagem - 07 (sete) vagas
Estão habilitados à inscrição, no processo de seleção, portadores de curso superior de duração plena (Licenciatura ou Bacharelado), reconhecido pelo órgão competente. No caso de candidato portador de diploma de curso superior de instituição estrangeira deverá apresentar documento de revalidação e/ou equivalência fornecido por uma instituição de educação superior do Brasil, autorizada e reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
Inscrições
Valor: gratuita
Período de inscrição: 01 de setembro a 08 de outubro de 2010
Local de inscrição: na Secretaria do MEE na Universidade Federal do Piauí, ou por correspondência enviada via SEDEX pelo(s) candidato(a)s ou ainda por procurador devidamente legalizado (procuração pública ou particular reconhecida em cartório. A inscrição deverá ser postada até o último dia previsto no cronograma (08/10/2010).
O endereço para correspondência é:
Mestrado em Ética e Epistemologia
Universidade Federal do Piauí
Centro de Ciências Humanas e Letras
Campus Min. Petrônio Portela, Bairro Ininga
64.049-550 - Teresina, PI
A ficha de inscrição do candidato(a) não residente em Teresina,PI será enviada pelo correio a partir do dia 11.10.2010 para o endereço nela indicado pelo(a) candidato(a). O(a)s candidato(a)s residente(s) em Teresina,(PI) deverá(ão) retirar a ficha de Inscrição na Secretaria do MEE.
Maiores informações a respeito do processo de seleção:
Telefone: (86) 3237-1134,
Site: http://www.ufpi.br/eticaepistemologia
E-mail: mee@ufpi.edu.br
Universidade do Federal do Piauí: Secretaria do Mestrado em Ética e Epistemologia-CCHL/UFPI.
Edital: http://www.ufpi.br/arquivos/File/Edital PPG em Etica e Epistemologia 31.08.10(2).doc
Inscrições para o Curso de Mestrado em Ética e Epistemologia começaram no dia 31/08/2010. O curso está sendo ofertado pela Universidade Federal do Piauí, através da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação/ Coordenadoria Geral de Pós-Graduação (PRPPG/CGPG).
São até 19 (dezenove) vagas para a 4ª Turma (Março 2011- Fevereiro 2013), com início de aulas previsto para o primeiro período letivo de 2011, abertas ao público em geral e distribuídas de acordo com a disponibilidade e com os temas de estudo dos docentes/orientadores(as) credenciado(a)s junto ao mestrado, em suas duas Linhas de Pesquisa:
a) Ética e Filosofia Política - 12 (doze) vagas
b) Epistemologia e Filosofia da Linguagem - 07 (sete) vagas
Estão habilitados à inscrição, no processo de seleção, portadores de curso superior de duração plena (Licenciatura ou Bacharelado), reconhecido pelo órgão competente. No caso de candidato portador de diploma de curso superior de instituição estrangeira deverá apresentar documento de revalidação e/ou equivalência fornecido por uma instituição de educação superior do Brasil, autorizada e reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
Inscrições
Valor: gratuita
Período de inscrição: 01 de setembro a 08 de outubro de 2010
Local de inscrição: na Secretaria do MEE na Universidade Federal do Piauí, ou por correspondência enviada via SEDEX pelo(s) candidato(a)s ou ainda por procurador devidamente legalizado (procuração pública ou particular reconhecida em cartório. A inscrição deverá ser postada até o último dia previsto no cronograma (08/10/2010).
O endereço para correspondência é:
Mestrado em Ética e Epistemologia
Universidade Federal do Piauí
Centro de Ciências Humanas e Letras
Campus Min. Petrônio Portela, Bairro Ininga
64.049-550 - Teresina, PI
A ficha de inscrição do candidato(a) não residente em Teresina,PI será enviada pelo correio a partir do dia 11.10.2010 para o endereço nela indicado pelo(a) candidato(a). O(a)s candidato(a)s residente(s) em Teresina,(PI) deverá(ão) retirar a ficha de Inscrição na Secretaria do MEE.
Maiores informações a respeito do processo de seleção:
Telefone: (86) 3237-1134,
Site: http://www.ufpi.br/eticaepistemologia
E-mail: mee@ufpi.edu.br
Universidade do Federal do Piauí: Secretaria do Mestrado em Ética e Epistemologia-CCHL/UFPI.
Edital: http://www.ufpi.br/arquivos/File/Edital PPG em Etica e Epistemologia 31.08.10(2).doc
VI Encuentro Iberoamericano de Colectivos Escolares y Redes de Maestro/as
CONVOCATORIA
Los educadores y las educadoras de Latinoamérica y España, organizados en redes y colectivos que hacen investigación desde las escuelas y mantienen lazos de intercambio y cooperación, CONVOCAN al VI Encuentro Iberoamericano, a realizarse en Argentina, en julio de 2011. En esta convocatoria se renueva el compromiso de seguir luchando por una educación emancipadora, mientras la trama de la Red Iberoamericana continúa tejiéndose con más trabajo colectivo, solidaridad y esperanza.
Se trata de desarrollar juntos/as un nuevo encuentro para seguir allanando el camino hacia la construcción de un “movimiento político- pedagógico” capaz de incidir en decisiones de políticas públicas, en materia de educación, en cada país y en la región en su conjunto.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Manifesto contra o fechamento do Nefp - UnB (Na íntegra)
Destinatário: Consellho Universitário da Universidade de Brasília - UnB
Nós, comunidade acadêmica, ex-aluno(a)s, membros da coletividade, estudioso(a)s do tema, terapeutas holistas, cientistas em geral, interessado(a)s, cidadãos e cidadãs preocupado(a)s com o patrimônio cultural mundial plúrimo e democrático, pelo abaixo-assinado, viemos PROTESTAR CONTRA O FECHAMENTO DO NÚCLEO DE ESTUDOS DE FENÔMENOS PARANORMAIS (Nefp) da Universidade de Brasília (UnB), solicitado pelo Instituto de Física (IF).
Não podemos deixar de manifestar irrestritamente nosso inconformismo, pois a manifestação de opinião, numa sociedade que permite o diálogo, pode afastar a autocracia, ou, ao menos, trazê-a para a luminosidade.
A inquietude se revela pela indagação, em plena pós-modernidade, do que vem a ser ciência e, principalmente, se compete ao mencionado Instituto o monopólio de declaração e definição sobre o que vem a ser "ciência".
Se existem problemas internos - de natureza política - isso deve ser resolvido a contento, e não utilizando a escusa de discussão epistêmica e a desculpa hipócrita em relação à vidente presa para assim fazê-lo. Quem perde, como sempre, é a comunidade acadêmica e a sociedade no tocante ao aprimoramento multicultural do conhecimento, diante de uma Inquisição que parece estar sendo iniciada nos quadros dessa instituição a exemplo de Galileu Galilei, bem como Giordano Bruno e Hypatia que perderam a vida por terem visões contra-hegemônicas.
Poderia ser traçado um percurso argumentativo em prol da ruptura paradigmática na pós-modernidade. Poderiam ser citados Boaventura Sousa Santos, Morin, González Rey, Adorno e uma série de teóricos respeitáveis que apregoam a necessidade de "oxigenação" cultural, alargamento das fronteiras do conhecimento e consequentemente da Universidade, mas, por agora, esse abaixo-assinado destina-se a militar em prol da manutenção do Nefp!
Iniciaram este abaixo-assinado:
Alessandra de La Vega Miranda - Professora e advogada, mestre em Direito e doutoranda em Direito pela UnB - adlvmiranda@yahoo.com.br
Juliana Fonseca Duarte - Professora de Matemática, especialista em Matemática para Ensino Básico e Educação a Distância, mestranda em Educação pela UnB - jufduarte@hotmail.com
Assine: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6899
Os perigos de uma ciência única
A postagem de hoje talvez esteja um pouco fora dos padrões do que tenho colocado aqui no blog, mas como acho de extrema importância, vai assim mesmo!
Sexta-feira saiu uma nota na página da Universidade de Brasília (UnB), informando sobre o intuito do Instituto de Física (IF) em fechar o Núcleo de Estudos de Fenômenos Paranormais (Nefp). Os argumentos veem de uma perspectiva hegemônica do desenvolvimento de pesquisa científica, como não poderia ser diferente, e do fato de uma vidente usar o nome do Nefp para autopromoção, o que é um absurdo.
http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=3798
Quanto à vidente, não vou nem me manifestar pois é dar espaço para a desonestidade e mal-caratismo, num lugar cujo foco é tratar de coisas bacanas. Em contrapartida, o fato de usarem o argumento de que o Nefp não desenvolve ciência é revoltante.
Estamos no século XXI, num processo de mudanças paradigmáticas em relação ao desenvolvimento da ciência e tentar calar expressões, manifestações apenas porque não se encaixam num modelo supostamente correto, verdadeiro, é negar espaço para desenvolvimento, crescimento da ciência e para isto, Popper tem uma frase que acho que se encaixa perfeitamente aqui: o método da ciência é a autocrítica e a crítica mútua.
Se o Nepf entender, num processo de autocrítica que não precisa mais estar ali, tudo bem. É um processo interno numa "escola" que está estabelecendo seus próprios critérios, sua própria linguagem. Entretanto, o que parece acontecer é que o IF não se dispõe a criticar o trabalho desenvolvido pelo Nepf, ou ainda que o faça, utiliza-se de argumentos rasos:
- não são experimentos reprodutíveis - então o que se diz das ciências sociais? que não são ciência?
- é necessária a utilização de métodos controlados - então o que dizer dos físicos Heisenberg e Bohr que afirmaram que não é possível observar ou medir um objeto sem interferir nele, sem o alterar, e a tal ponto que o objeto que sai de um processo de medição não é o mesmo que lá entrou?
- profissionais devidamente habilitados - como se o próprio IF é contra o processo?
Enfim, se no decorrer do desenvolvimento da ciência, o homem, pautado em suas viagens psicodélicas, impressões baseadas na vivência, contextos sócio-históricos tem desenvolvido ciência, como o IF pode se manifestar contra um espaço que promove conhecimento diversificado?
Lembro aqui de Boaventura Santos, Amit Goswami, Heisenberg, Maturana e Varela cujos trabalhos têm impulsionado o conhecimento para outras fronteiras. Lembro também de contribuidores que ao longo da história morreram por não se aceitarem determinações hegemônicas e se posicionarem a favor do desenvolvimento do conhecimento multicultural e plúrimo: Hypatia, Giordano Bruno. Lembro de outros que nadando contra corrente hoje tem seus trabalhos reconhecidos: Einstein, Freud, Galileu Galilei.
A ciência não é linear, não se faz na retidão; ela é trabalhada na dinamicidade dos processos sócio-históricos e por isto é bela. Em cada época representa aquilo em que o homem, o sujeito, a sociedade enquanto subjetividade social era. Não quero, estando no espaço acadêmico, como mestranda em Educação na UnB, dizer que vi esse tipo de atitude ser tomada e não me posicionei...
Ontem, elaborei com a Alessandra (que já se manifestou no blog dela - http://sagradosegredosdaterra.blogspot.com/2010/08/nota-de-repudio-ao-instituto-de-fisica.html) um abaixo-assinado em prol do não fechamento do Nepf. Considere-o como um pedido de negação à mordaça do conhecimento!
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6899
Sexta-feira saiu uma nota na página da Universidade de Brasília (UnB), informando sobre o intuito do Instituto de Física (IF) em fechar o Núcleo de Estudos de Fenômenos Paranormais (Nefp). Os argumentos veem de uma perspectiva hegemônica do desenvolvimento de pesquisa científica, como não poderia ser diferente, e do fato de uma vidente usar o nome do Nefp para autopromoção, o que é um absurdo.
http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=3798
Quanto à vidente, não vou nem me manifestar pois é dar espaço para a desonestidade e mal-caratismo, num lugar cujo foco é tratar de coisas bacanas. Em contrapartida, o fato de usarem o argumento de que o Nefp não desenvolve ciência é revoltante.
Estamos no século XXI, num processo de mudanças paradigmáticas em relação ao desenvolvimento da ciência e tentar calar expressões, manifestações apenas porque não se encaixam num modelo supostamente correto, verdadeiro, é negar espaço para desenvolvimento, crescimento da ciência e para isto, Popper tem uma frase que acho que se encaixa perfeitamente aqui: o método da ciência é a autocrítica e a crítica mútua.
Se o Nepf entender, num processo de autocrítica que não precisa mais estar ali, tudo bem. É um processo interno numa "escola" que está estabelecendo seus próprios critérios, sua própria linguagem. Entretanto, o que parece acontecer é que o IF não se dispõe a criticar o trabalho desenvolvido pelo Nepf, ou ainda que o faça, utiliza-se de argumentos rasos:
- não são experimentos reprodutíveis - então o que se diz das ciências sociais? que não são ciência?
- é necessária a utilização de métodos controlados - então o que dizer dos físicos Heisenberg e Bohr que afirmaram que não é possível observar ou medir um objeto sem interferir nele, sem o alterar, e a tal ponto que o objeto que sai de um processo de medição não é o mesmo que lá entrou?
- profissionais devidamente habilitados - como se o próprio IF é contra o processo?
Enfim, se no decorrer do desenvolvimento da ciência, o homem, pautado em suas viagens psicodélicas, impressões baseadas na vivência, contextos sócio-históricos tem desenvolvido ciência, como o IF pode se manifestar contra um espaço que promove conhecimento diversificado?
Lembro aqui de Boaventura Santos, Amit Goswami, Heisenberg, Maturana e Varela cujos trabalhos têm impulsionado o conhecimento para outras fronteiras. Lembro também de contribuidores que ao longo da história morreram por não se aceitarem determinações hegemônicas e se posicionarem a favor do desenvolvimento do conhecimento multicultural e plúrimo: Hypatia, Giordano Bruno. Lembro de outros que nadando contra corrente hoje tem seus trabalhos reconhecidos: Einstein, Freud, Galileu Galilei.
A ciência não é linear, não se faz na retidão; ela é trabalhada na dinamicidade dos processos sócio-históricos e por isto é bela. Em cada época representa aquilo em que o homem, o sujeito, a sociedade enquanto subjetividade social era. Não quero, estando no espaço acadêmico, como mestranda em Educação na UnB, dizer que vi esse tipo de atitude ser tomada e não me posicionei...
Ontem, elaborei com a Alessandra (que já se manifestou no blog dela - http://sagradosegredosdaterra.blogspot.com/2010/08/nota-de-repudio-ao-instituto-de-fisica.html) um abaixo-assinado em prol do não fechamento do Nepf. Considere-o como um pedido de negação à mordaça do conhecimento!
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6899
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Conferência Internacional sobre Os Sete Saberes
Evento: Conferência Internacional – Os Sete Saberes para uma Educação do Presente.
Local: Hotel Praia Centro / Fábrica de negócios - Fortaleza/CE
Data: de 21 a 24 de setembro de 2010
Conferência de Abertura: Edgar Morin
A estrutura de conteúdos da Conferência está organizada de acordo com Os Setes Saberes para uma Educação do Futuro, de autoria de Edgar Morin, articulando-se ao redor dos seguintes blocos temáticos:
- As cegueiras do conhecimento;
- Os princípios do conhecimento pertinente;
- Ensinar a condição humana;
- Ensinar a identidade terrena;
- Enfrentar as incertezas;
- Ensinar a compreensão;
- A ética do gênero humano.
Mais informações: http://www.uece.br/setesaberes/
Local: Hotel Praia Centro / Fábrica de negócios - Fortaleza/CE
Data: de 21 a 24 de setembro de 2010
Conferência de Abertura: Edgar Morin
A estrutura de conteúdos da Conferência está organizada de acordo com Os Setes Saberes para uma Educação do Futuro, de autoria de Edgar Morin, articulando-se ao redor dos seguintes blocos temáticos:
- As cegueiras do conhecimento;
- Os princípios do conhecimento pertinente;
- Ensinar a condição humana;
- Ensinar a identidade terrena;
- Enfrentar as incertezas;
- Ensinar a compreensão;
- A ética do gênero humano.
Mais informações: http://www.uece.br/setesaberes/
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
2º Congresso Internacionl de Avaliação em Educação
Local: Universidade do Minho - Braga (Portugal)
Data: 4, 5 e 6 de Novembro de 2010
A temática do congresso, Aprender ao Longo da Vida: contributos, perspectivas e questionamentos do currículo e da avaliação, se estruturará em torno de cinco eixos:
1. Avaliação das políticas curriculares de educação e formação ao longo da vida;
2. Aprendizagem ao longo da vida e avaliação do desempenho profissional;
3. Avaliação de “competências” adquiridas em contextos experienciais;
4. A avaliação das aprendizagens em ambientes formais, “virtuais” e a distância;
5. A avaliação da aprendizagem de adultos e educação não-formal.
Congresso está aberto a todos os investigadores, professores, formadores e responsáveis interessados pela questão da avaliação nos diferentes níveis do sistema de educação e de formação.
Data limite para envio das propostas de comunicações e de simpósios: 5 de Setembro de 2010.
No site do congresso há mais informações sobre envio de trabalhos, programação, entre outras. http://sites.google.com/site/2congressoaval/
Data: 4, 5 e 6 de Novembro de 2010
A temática do congresso, Aprender ao Longo da Vida: contributos, perspectivas e questionamentos do currículo e da avaliação, se estruturará em torno de cinco eixos:
1. Avaliação das políticas curriculares de educação e formação ao longo da vida;
2. Aprendizagem ao longo da vida e avaliação do desempenho profissional;
3. Avaliação de “competências” adquiridas em contextos experienciais;
4. A avaliação das aprendizagens em ambientes formais, “virtuais” e a distância;
5. A avaliação da aprendizagem de adultos e educação não-formal.
Congresso está aberto a todos os investigadores, professores, formadores e responsáveis interessados pela questão da avaliação nos diferentes níveis do sistema de educação e de formação.
Data limite para envio das propostas de comunicações e de simpósios: 5 de Setembro de 2010.
No site do congresso há mais informações sobre envio de trabalhos, programação, entre outras. http://sites.google.com/site/2congressoaval/
Foro de Innovaciones en Educacíon Superior
Mais uma dica de evento. Desta vez para quem vai ou está no Uruguai...
Site: http://ivforoinnova.cse.edu.uy
Sedes do evento: Montevidéu, Salto, Paysandú
Agenda:
Encerramento de apresentação de trabalhos: 15 de setembro de 2010
Comunicação de aceitações: 15 de outubro de 2010
Publicação de materiais em repositório: 1º a 31 de outubro de 2010
Recepção de materiais para a mostra: 15 a 19 de novembro de 2010
Evento: 29 de novembro a 1º de dezembro de 2010
Site: http://ivforoinnova.cse.edu.uy
Sedes do evento: Montevidéu, Salto, Paysandú
Agenda:
Encerramento de apresentação de trabalhos: 15 de setembro de 2010
Comunicação de aceitações: 15 de outubro de 2010
Publicação de materiais em repositório: 1º a 31 de outubro de 2010
Recepção de materiais para a mostra: 15 a 19 de novembro de 2010
Evento: 29 de novembro a 1º de dezembro de 2010
Composteira em apartamento... Como funciona?
Andei fazendo uma composteira em casa e o sucesso foi tão grande que uma amiga decidiu fazer com os alunos dela de 4º ano. Ainda não conversei com ela sobre o assunto depois que eles começaram a fazer a composteira. Estou aqui pensando na rotina e disciplinas necessárias em casa, mesmo que adequadas rapidamente, mas imagine numa escola. Enfim... Depois converso com ela e coloco as impressões por aqui!
Na verdade, acho que até então tudo está funcionando numa boa aqui em casa. Tanto é que agora tenho dois baldes de composteira...rs... e estou indo para o terceiro.
A primeira composteira é a do balde azul e maior, o que dá muito mais trabalho para mexer o composto. A segunda é a do balde branco e tem 25 cm de altura, então é bem tranquila para mexer, mas enche rápido. A terceira, ainda não iniciada, nem furada nem nada é gêmea da segunda.
Ah! Muitas pessoas tem me perguntado por que estou fazendo compostagem em casa. Bem, muito simples:
- produzo lixo a menos para os aterros (já que não tenho coleta seletiva no condomínio);
- de quebra tenho adubo para as minhas plantas;
- sinto-me um pouco menos culpada por estar detonando o ambiente enquanto moradora de cidade grande;
- é uma diversão propiciada pela experimentação;
- e faz com que eu preste mais atenção à minha alimentação já que, como os resíduos orgânicos são saudáveis, estou sempre reparando na quantidade que consumo.
Talvez pudesse pensar em outras coisas, mas foram as que me vieram de chofre. Mas enfim, didaticamente:
O QUE É NECESSÁRIO PARA FAZER UMA COMPOSTEIRA EM CASA?
Na verdade, acho que até então tudo está funcionando numa boa aqui em casa. Tanto é que agora tenho dois baldes de composteira...rs... e estou indo para o terceiro.
A primeira composteira é a do balde azul e maior, o que dá muito mais trabalho para mexer o composto. A segunda é a do balde branco e tem 25 cm de altura, então é bem tranquila para mexer, mas enche rápido. A terceira, ainda não iniciada, nem furada nem nada é gêmea da segunda.
Ah! Muitas pessoas tem me perguntado por que estou fazendo compostagem em casa. Bem, muito simples:
- produzo lixo a menos para os aterros (já que não tenho coleta seletiva no condomínio);
- de quebra tenho adubo para as minhas plantas;
- sinto-me um pouco menos culpada por estar detonando o ambiente enquanto moradora de cidade grande;
- é uma diversão propiciada pela experimentação;
- e faz com que eu preste mais atenção à minha alimentação já que, como os resíduos orgânicos são saudáveis, estou sempre reparando na quantidade que consumo.
Talvez pudesse pensar em outras coisas, mas foram as que me vieram de chofre. Mas enfim, didaticamente:
O QUE É NECESSÁRIO PARA FAZER UMA COMPOSTEIRA EM CASA?
II Seminário Internacional sobre Exclusão, Inclusão e Diversidade
Como tenho recebido várias infos sobre seminários, congressos, simpósios etc. em diversas áreas, achei legal compartilhar. O que não significa que confirmarei todas as informações, pois a priori, recebo-as de fontes confiáveis, nem que participarei de tudo que colocarei aqui, e nem que colocarei apenas temáticas com as quais tenho trabalhado. A ideia é realmente divulgar!
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Movimento Orgulho Autista Brasil
Tem certas informações que mesmo a mais não são demais!
A partir do dia 21 de agosto, o Movimento Orgulho Autista do Brasil está promovendo encontros para pessoas interessadas no tema autismo e asperger para troca de experiências, apresentação de novas informações e, principalmente, relatos e debates sobre suas vivências com filhos, conhecidos ou familiares autistas e aspergers.
Quem puder ajudar a divulgar, é sempre bem vindo!
21 de Agosto às 14h
Escola Classe 416 Sul - Asa Sul/Plano Piloto
18 de Setembro
Centro de Ensino Especial 01 do Gama - Gama
23 de Outubro
Escola Classe da Vila Militar do RCG - Setor Militar Urbano/SMU
20 de Novembro
Escola Classe 31 da Ceilândia - EQNO/Ceilândia
04 de Dezembro
Sede do Movimento Orgulho Autista - SAAN
Os eventos são gratuitos mas pede-se que "levem algo para um breve lanche".
Para mais informações, entrar em contato com Ana Cristina: (61) 8434-2044, Vice-presidente do Movimento Orgulho Autista do Brasil.
A partir do dia 21 de agosto, o Movimento Orgulho Autista do Brasil está promovendo encontros para pessoas interessadas no tema autismo e asperger para troca de experiências, apresentação de novas informações e, principalmente, relatos e debates sobre suas vivências com filhos, conhecidos ou familiares autistas e aspergers.
Quem puder ajudar a divulgar, é sempre bem vindo!
21 de Agosto às 14h
Escola Classe 416 Sul - Asa Sul/Plano Piloto
18 de Setembro
Centro de Ensino Especial 01 do Gama - Gama
23 de Outubro
Escola Classe da Vila Militar do RCG - Setor Militar Urbano/SMU
20 de Novembro
Escola Classe 31 da Ceilândia - EQNO/Ceilândia
04 de Dezembro
Sede do Movimento Orgulho Autista - SAAN
Os eventos são gratuitos mas pede-se que "levem algo para um breve lanche".
Para mais informações, entrar em contato com Ana Cristina: (61) 8434-2044, Vice-presidente do Movimento Orgulho Autista do Brasil.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Kutoja - A última tricotada
Adoro animações! Ainda mais quando tem alguma coisa bacana pra mostrar!
Estava navegando no YouTube procurando um vídeo e encontrei esse aí de baixo. É finlandês, bem curtinho, tem 7min: Kutoja, ou em inglês, The last knit - algo como "A última tricotada". O tema da animação é compulsão, e tem uma proposta bem simples, de visual clean. Há várias mensagens subliminares legais: ela está sentada, sozinha, na beira do abismo, totalmente concentrada no que está fazendo, não há mais nada em volta... Não vou ficar pondo um mundo aqui, além do que, como compulsão é compulsão, o final é tudo de bom...rs...
Não vou discutir o fato de que a animação traz uma mulher, fazendo tricô (atividade dita feminina), pois não é esse o foco do filme. Porém, acho bacana a reflexão propiciada quando tentamos lembrar em que momentos do dia a dia temos o mesmo comportamento da moça na animação - ação repetida, sem reflexão, de maneira isolada e totalmente centrada...
A diretora e roteirista é Laura Neuvonen, e a produtora é a empresa Anima. O vídeo é de 2005 e tem vencido vários prêmios desde então... Para mais infos sobre o vídeo: http://www.anima.fi/en/work/short-films/the-last-knit/.
Estava navegando no YouTube procurando um vídeo e encontrei esse aí de baixo. É finlandês, bem curtinho, tem 7min: Kutoja, ou em inglês, The last knit - algo como "A última tricotada". O tema da animação é compulsão, e tem uma proposta bem simples, de visual clean. Há várias mensagens subliminares legais: ela está sentada, sozinha, na beira do abismo, totalmente concentrada no que está fazendo, não há mais nada em volta... Não vou ficar pondo um mundo aqui, além do que, como compulsão é compulsão, o final é tudo de bom...rs...
Não vou discutir o fato de que a animação traz uma mulher, fazendo tricô (atividade dita feminina), pois não é esse o foco do filme. Porém, acho bacana a reflexão propiciada quando tentamos lembrar em que momentos do dia a dia temos o mesmo comportamento da moça na animação - ação repetida, sem reflexão, de maneira isolada e totalmente centrada...
A diretora e roteirista é Laura Neuvonen, e a produtora é a empresa Anima. O vídeo é de 2005 e tem vencido vários prêmios desde então... Para mais infos sobre o vídeo: http://www.anima.fi/en/work/short-films/the-last-knit/.
Mais um pouco de cultura...
Depois do vídeo da postagem anterior fiquei pensando nessa dita normalidade... Para se ter uma ideia de como estamos entranhados com esses valores e por muitas vezes não prestamos atenção em coisas simples e que não são verdade, busquei uma historinha da Mônica que recebi noutro dia de uma amiga que elogiou o material: Uma história que precisa ter fim.
Os quadrinhos, voltados para criança, tratam do acesso a drogas e como deve ser evitado. Entretanto, enquanto lia a historia fiquei pensando na quantidade de informação estranha no material: usuários de drogas sempre usando óculos escuros (!?!?) e ladrões; a primeira droga utilizada é na maioria das vezes cola de sapateiro; falsos amigos, vendedores, são mais velhos, não tem face e usam sobretudo (?!?!); o colega usuário chega oferecendo; e vendedores são estranhos que nos oferecem algo gratuitamente na rua. Por favor, isso não existe! Não conheço uma pessoa que tenha usado drogas oferecida por um estranho!
A questão aqui é que por mais que eu esteja me atendo a detalhes, são essas informações que as crianças veem e assimilam, e no caso de um conhecido, amigo, gente boa oferecer algo não sabemos o que fazer. Muito menos se a cena se tornar recorrente. A realidade que eu conheço não é a apresentada pela historinha...
Sempre penso que esse tipo de informação, via história em quadrinhos, não propicia qualquer critica por parte da criança. O que está sendo apresentado, ela vai adotar como verdade e no caso da realidade não se apresentar dessa maneira, a criança não saberá o que fazer.
Talvez esse tipo de quadrinho, possa mesmo ser utilizado com intuito educativo, mas deve ter uma boa conversa complementar mostrando que as coisas não são sempre assim!
Enfim, apesar de ter recebido a historinha por email em pdf, não consegui colocar no 4shared - não dá acesso ao download por causa dos direitos autorais. Então, coloquei as duas primeiras páginas abaixo e o link para quem quiser ver tudo no site: http://www.monica.com.br/institut/drogas/pag1.htm
Os quadrinhos, voltados para criança, tratam do acesso a drogas e como deve ser evitado. Entretanto, enquanto lia a historia fiquei pensando na quantidade de informação estranha no material: usuários de drogas sempre usando óculos escuros (!?!?) e ladrões; a primeira droga utilizada é na maioria das vezes cola de sapateiro; falsos amigos, vendedores, são mais velhos, não tem face e usam sobretudo (?!?!); o colega usuário chega oferecendo; e vendedores são estranhos que nos oferecem algo gratuitamente na rua. Por favor, isso não existe! Não conheço uma pessoa que tenha usado drogas oferecida por um estranho!
A questão aqui é que por mais que eu esteja me atendo a detalhes, são essas informações que as crianças veem e assimilam, e no caso de um conhecido, amigo, gente boa oferecer algo não sabemos o que fazer. Muito menos se a cena se tornar recorrente. A realidade que eu conheço não é a apresentada pela historinha...
Sempre penso que esse tipo de informação, via história em quadrinhos, não propicia qualquer critica por parte da criança. O que está sendo apresentado, ela vai adotar como verdade e no caso da realidade não se apresentar dessa maneira, a criança não saberá o que fazer.
Talvez esse tipo de quadrinho, possa mesmo ser utilizado com intuito educativo, mas deve ter uma boa conversa complementar mostrando que as coisas não são sempre assim!
Enfim, apesar de ter recebido a historinha por email em pdf, não consegui colocar no 4shared - não dá acesso ao download por causa dos direitos autorais. Então, coloquei as duas primeiras páginas abaixo e o link para quem quiser ver tudo no site: http://www.monica.com.br/institut/drogas/pag1.htm
Racismo e cultura
Hoje recebi por email este vídeo - na verdade o link para o vídeo.
Muito interessante mesmo! A maneira como as crianças veem o mundo e reagem a ele, depende muito de como nos comportamos e consequentemente mostramos a elas a maneira de lidar com esse mundo.
Meio confuso, mas podemos resumir a questões culturais - não apenas relacionadas ao patrimônio ou a cultura dita erudita, mas a questões associadas a maneiras de lidar com o dia a dia, tratar as outras pessoas, e por aí vai. Na verdade, temos que sempre lembrar que tudo o que aceitamos, por mais normal que possa parecer, não tem nada de normal.
A priori, todos os nossos comportamentos são moldados por nossas relações com os outros, que tem ligações com o que esses outros trazem de outras relações, e que vem sido propagadas ao longo do tempo - seja ele curto ou longo.
O vídeo mostra uma triste realidade e, apesar de norte-americana, nos faz pensar em como estamos lidando com as pessoas e coisas à nossa volta e se isto é saudável para estabelecermos relações de respeito.
Muito interessante mesmo! A maneira como as crianças veem o mundo e reagem a ele, depende muito de como nos comportamos e consequentemente mostramos a elas a maneira de lidar com esse mundo.
Meio confuso, mas podemos resumir a questões culturais - não apenas relacionadas ao patrimônio ou a cultura dita erudita, mas a questões associadas a maneiras de lidar com o dia a dia, tratar as outras pessoas, e por aí vai. Na verdade, temos que sempre lembrar que tudo o que aceitamos, por mais normal que possa parecer, não tem nada de normal.
A priori, todos os nossos comportamentos são moldados por nossas relações com os outros, que tem ligações com o que esses outros trazem de outras relações, e que vem sido propagadas ao longo do tempo - seja ele curto ou longo.
O vídeo mostra uma triste realidade e, apesar de norte-americana, nos faz pensar em como estamos lidando com as pessoas e coisas à nossa volta e se isto é saudável para estabelecermos relações de respeito.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Carne orgânica em escolas municipais de Campo Grande
Fala sério! Tudo de bom saber que esse tipo de iniciativa está sendo tomada pela prefeitura de Campo Grande. Imagine só garantir às crianças carne não tratada com antibióticos, produzida em ambiente natural?
À parte questões políticas, meu interesse pela notícia foi a questão ambiental e de saúde, até porque Pantanal é uma das áreas que também tem sido muito degradada de diversas maneiras e como carnívora convicta, acho esse tipo de iniciativa tudo de bom! O que me fez lembrar de procurar novamente se existem opções de carne orgânica aqui por perto de casa!
Para mais informações, checar a notícia na página da WWF:
http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?25480/Merenda-das-escolas-de-Campo-Grande-MS-tem-carne-orgnica
Com esse tipo de notícia, dá pra fazer vários trabalhos de conscientização quanto à alimentação dos alunos, mas, por favor, levar os alunos a um centro de reabilitação de animais enquanto comem carne como está na notícia, é meio cruel. Por que reabilitar e cuidar de uns e não de outros? Esse tipo de conduta parece normal e correta, mas não é! É cultura dada sem opção de escolha... Mais uma das várias ações que tomamos diariamente sem nos questionar e que no fundo podem não ter nada a ver com o nosso próprio eu. É só lembrarmos a quantidade de vegetarianos que são vegetarianos porque não gostam de carne ou porque não conseguem comer carne sabendo que é um animal morto.
À parte questões políticas, meu interesse pela notícia foi a questão ambiental e de saúde, até porque Pantanal é uma das áreas que também tem sido muito degradada de diversas maneiras e como carnívora convicta, acho esse tipo de iniciativa tudo de bom! O que me fez lembrar de procurar novamente se existem opções de carne orgânica aqui por perto de casa!
Para mais informações, checar a notícia na página da WWF:
http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?25480/Merenda-das-escolas-de-Campo-Grande-MS-tem-carne-orgnica
Com esse tipo de notícia, dá pra fazer vários trabalhos de conscientização quanto à alimentação dos alunos, mas, por favor, levar os alunos a um centro de reabilitação de animais enquanto comem carne como está na notícia, é meio cruel. Por que reabilitar e cuidar de uns e não de outros? Esse tipo de conduta parece normal e correta, mas não é! É cultura dada sem opção de escolha... Mais uma das várias ações que tomamos diariamente sem nos questionar e que no fundo podem não ter nada a ver com o nosso próprio eu. É só lembrarmos a quantidade de vegetarianos que são vegetarianos porque não gostam de carne ou porque não conseguem comer carne sabendo que é um animal morto.
Coelho esfomeado...
O mágico é sacana, o coelho sofre, mas no final...
O filminho PRESTO da Pixar e da Walt Disney é a boa pedida para incentivar a criançada a comer cenoura: como o coelho faz! Mas tem que ser da orgânica, né??
Se quiser ver o vídeo grande clique aqui!
Agradeço a prima Rita que enviou o filme!!!
O filminho PRESTO da Pixar e da Walt Disney é a boa pedida para incentivar a criançada a comer cenoura: como o coelho faz! Mas tem que ser da orgânica, né??
Se quiser ver o vídeo grande clique aqui!
Agradeço a prima Rita que enviou o filme!!!
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Regras de ABNT no Word 2007
Tenho escrito alguns textos para as aulas usando o Word 2007 e estava tendo dificuldades porque todas as vezes ficava digitando bibliografias, referências etc. Haja paciência.
Então, fazendo uma busca na web, encontrei um site do qual dá pra baixar o estilo ABNT para aplicar nas referências bibliográficas. Claro que para tal, deve-se inserir toda a bibliografia utilizada no Word - lá em Referências/ Gerenciar Fontes Bibliográficas - mas como não uso todas de uma vez, vou inserindo devagar e apenas uma primeira vez e depois vou gerenciando as entradas a cada novo documento.
Valeu muito a pena instalar. A única desvantagem que vi até agora é que o estilo não está adequado a inserção de artigos ou documentos de site, então até eu ver como resolver, estou usando a referência a artigos de site como se fosse o próprio site.
Enfim, o link para baixar o estilo da ABNT para o Word 2007é:
http://bibword.codeplex.com/Release/ProjectReleases.aspx?ReleaseId=27212
O arquivo para download é o primeiro: ABNT NBR 6023:2002
Lá tem também as orientações para a instalação...
Então, fazendo uma busca na web, encontrei um site do qual dá pra baixar o estilo ABNT para aplicar nas referências bibliográficas. Claro que para tal, deve-se inserir toda a bibliografia utilizada no Word - lá em Referências/ Gerenciar Fontes Bibliográficas - mas como não uso todas de uma vez, vou inserindo devagar e apenas uma primeira vez e depois vou gerenciando as entradas a cada novo documento.
Valeu muito a pena instalar. A única desvantagem que vi até agora é que o estilo não está adequado a inserção de artigos ou documentos de site, então até eu ver como resolver, estou usando a referência a artigos de site como se fosse o próprio site.
Enfim, o link para baixar o estilo da ABNT para o Word 2007é:
http://bibword.codeplex.com/Release/ProjectReleases.aspx?ReleaseId=27212
O arquivo para download é o primeiro: ABNT NBR 6023:2002
Lá tem também as orientações para a instalação...
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Conteúdos apostilados...
Conteúdos apostilados nas escolas públicas parecem ser uma tendência absurda para os próximos anos.
Os argumentos apresentados para a adoção são em alguns momentos muito bem alimentados pela mídia e, em outros esparsos, apresentados a partir de uma contraposição de pontos positivos e negativos; mas em todos os casos, sem aprofundar na discussão. Basta checar as notícias...
03abr10 - http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u715773.shtml
29jun10 - http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ult10103u758763.shtml
29jun10 - http://www1.folha.uol.com.br/saber/758840-uso-de-apostilas-melhora-nota-de-alunos-de-escolas-publicas-de-sp.shtml
29jun10 - http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2010/06/29/uso-de-apostilas-melhora-resultado-de-alunos-paulistas-na-prova-brasil-diz-pesquisa-917009891.asp
30jun10 - http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/usar+apostilas+e+colocar+curativo+em+problema+diz+mec/n1237687539886.html
Muito triste isso... E como fico totalmente indignada, busco do artigo Abordagens contemporâneas de ensino/aprendizagem e a centralidade do conteúdo nos currículos de Ozerina Victor de Oliveira, apresentado no 9º ANPED Centro-Oeste em 2008, uma citação que justifica a necessidade de não focarmos o ensino/aprendizagem apenas nos conteúdos (o que não é isto que as apostilas propõe):
(...) a centralidade do conteúdo disciplinar se torna inadequada até ao mais desprezível dos propósitos dos mercado capitalista. (...) [pois] dos mais críticos aos conservadores, todos estão convencidos de que o conhecimento não progride em etapas ordenadas; de que a aprendizagem está para o desenvolvimento de funções ou estruturas mentais complexas e não para memorizar informações ou conteúdos; de que ensino/ aprendizagem é um processo e ocorre de modo indissociável tanto no que diz respeito a uma lógica interna, quanto no que se refere ao mundo.
É... temos que ter muita paciência e sabedoria para lidar com o que estão fazendo com a escola e o profissional docente!
Os argumentos apresentados para a adoção são em alguns momentos muito bem alimentados pela mídia e, em outros esparsos, apresentados a partir de uma contraposição de pontos positivos e negativos; mas em todos os casos, sem aprofundar na discussão. Basta checar as notícias...
03abr10 - http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u715773.shtml
29jun10 - http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ult10103u758763.shtml
29jun10 - http://www1.folha.uol.com.br/saber/758840-uso-de-apostilas-melhora-nota-de-alunos-de-escolas-publicas-de-sp.shtml
29jun10 - http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2010/06/29/uso-de-apostilas-melhora-resultado-de-alunos-paulistas-na-prova-brasil-diz-pesquisa-917009891.asp
30jun10 - http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/usar+apostilas+e+colocar+curativo+em+problema+diz+mec/n1237687539886.html
Muito triste isso... E como fico totalmente indignada, busco do artigo Abordagens contemporâneas de ensino/aprendizagem e a centralidade do conteúdo nos currículos de Ozerina Victor de Oliveira, apresentado no 9º ANPED Centro-Oeste em 2008, uma citação que justifica a necessidade de não focarmos o ensino/aprendizagem apenas nos conteúdos (o que não é isto que as apostilas propõe):
(...) a centralidade do conteúdo disciplinar se torna inadequada até ao mais desprezível dos propósitos dos mercado capitalista. (...) [pois] dos mais críticos aos conservadores, todos estão convencidos de que o conhecimento não progride em etapas ordenadas; de que a aprendizagem está para o desenvolvimento de funções ou estruturas mentais complexas e não para memorizar informações ou conteúdos; de que ensino/ aprendizagem é um processo e ocorre de modo indissociável tanto no que diz respeito a uma lógica interna, quanto no que se refere ao mundo.
É... temos que ter muita paciência e sabedoria para lidar com o que estão fazendo com a escola e o profissional docente!
As apostilas...
Pronto, era isso que estava faltando para poderem, mais uma vez, usar como justificativa para responsabilização dos professores por toda a falência no ensino: as apostilas.
Todo mundo que já deu aula, sabe que as apostilas engessam as aulas e anulam a possibilidade de conversar e utilizar com os alunos temas atuais diversos para tornar as aulas mais conectadas com a vida fora da escola. Quer um exemplo: Copa do mundo! Numa escola onde há uso da apostila esse tipo de opção para trabalho se torna inexistente. Por que? Ué, se o professor já tem a aula do dia programada, ou que seja a da semana, por alguém que nem está na escola e cuja proposta é, a priori, generalista e atemporal, Copa do Mundo não é um tema abordado.
Mas veja bem, como prof de matemática, época de Copa do Mundo é perfeita para ensinar regra de três!! É isso mesmo... Como todas as bandeiras tem tamanhos e proporções diferentes, nada mais legal do que brincar de aumentar e diminuir bandeiras diversas para depois, na aula de artes plásticas, os alunos criarem bandeiras criativamente. Por exemplo, a bandeira da Suíça e do Vaticano são quadradas (1x1),
Todo mundo que já deu aula, sabe que as apostilas engessam as aulas e anulam a possibilidade de conversar e utilizar com os alunos temas atuais diversos para tornar as aulas mais conectadas com a vida fora da escola. Quer um exemplo: Copa do mundo! Numa escola onde há uso da apostila esse tipo de opção para trabalho se torna inexistente. Por que? Ué, se o professor já tem a aula do dia programada, ou que seja a da semana, por alguém que nem está na escola e cuja proposta é, a priori, generalista e atemporal, Copa do Mundo não é um tema abordado.
Mas veja bem, como prof de matemática, época de Copa do Mundo é perfeita para ensinar regra de três!! É isso mesmo... Como todas as bandeiras tem tamanhos e proporções diferentes, nada mais legal do que brincar de aumentar e diminuir bandeiras diversas para depois, na aula de artes plásticas, os alunos criarem bandeiras criativamente. Por exemplo, a bandeira da Suíça e do Vaticano são quadradas (1x1),
domingo, 27 de junho de 2010
Bottled Water - Água engarrafada
Mais um vídeo bem bacana do site Story of Stuff Project!!! Desta vez, sobre o nosso consumo absurdo de Bottled Water (água engarrafada) quando, pelo menos em Brasília, a água da torneira é excelente! Isso mesmo... Uso filtro de barro há anos e a sujeira na vela é mínima, só não tomo água da torneira pela paranoia embutida na minha cabeça....
Viver em Brasília, uma cidade na qual o clima é seco em torno de 40% do ano, é uma justificativa bem razoável andarmos sempre com uma garrafa velha de plástico cheia de água, na bolsa ou à mão. Garrafa cheia de água de casa, da torneira, do filtro e que quando fica vazia, sempre tem um outro filtro ou bebedouro por aí para reenchê-la. Vermes, intoxicação? Não acho que a água daqui seja suja dessa maneira, principalmente porque comemos verduras cruas lavadas com essa água de torneira...
Aliás, filtros de parede? Para que servem? Água gelada? Preguiça de encher garrafa de água e por na geladeira? E quem não tem o tal filtro com opção gelada. É preguiça de limpar o filtro de vez em quando? Tudo bem que há lugares no DF em que a água não é recomendável para consumo pela quantidade de coliformes fecais das fossas próximas. Mas ainda assim as verduras são lavadas com essa água....
Quanto à água contaminada pelos cocozinhos... Isto se chama falta de respeito com o meio ambiente e o vizinho! Sistema de tratamento de esgoto num local como o DF deveria ser exigido e estar atendendo a toda a população, inclusive nas regiões a menos de 10 quilômetros do centro da cidade... Mas é uma outra discussão...
Enfim, taí o vídeo... É curtinho, 10 minutos!
O vídeo abaixo está em inglês.
Para ativar a legenda, clicar no ícone do YouTube na parte inferior direita do vídeo. Então, no site do YouTube, depois de iniciar o vídeo, clicar no CC, próximo ao ícone do YouTube.
Viver em Brasília, uma cidade na qual o clima é seco em torno de 40% do ano, é uma justificativa bem razoável andarmos sempre com uma garrafa velha de plástico cheia de água, na bolsa ou à mão. Garrafa cheia de água de casa, da torneira, do filtro e que quando fica vazia, sempre tem um outro filtro ou bebedouro por aí para reenchê-la. Vermes, intoxicação? Não acho que a água daqui seja suja dessa maneira, principalmente porque comemos verduras cruas lavadas com essa água de torneira...
Aliás, filtros de parede? Para que servem? Água gelada? Preguiça de encher garrafa de água e por na geladeira? E quem não tem o tal filtro com opção gelada. É preguiça de limpar o filtro de vez em quando? Tudo bem que há lugares no DF em que a água não é recomendável para consumo pela quantidade de coliformes fecais das fossas próximas. Mas ainda assim as verduras são lavadas com essa água....
Quanto à água contaminada pelos cocozinhos... Isto se chama falta de respeito com o meio ambiente e o vizinho! Sistema de tratamento de esgoto num local como o DF deveria ser exigido e estar atendendo a toda a população, inclusive nas regiões a menos de 10 quilômetros do centro da cidade... Mas é uma outra discussão...
Enfim, taí o vídeo... É curtinho, 10 minutos!
Vídeo legendado excluído!!!
Justificativa em outra postagem!!
O vídeo abaixo está em inglês.
Para ativar a legenda, clicar no ícone do YouTube na parte inferior direita do vídeo. Então, no site do YouTube, depois de iniciar o vídeo, clicar no CC, próximo ao ícone do YouTube.
Sonificação
Sonificação é transformação de dados científicos em sons!
No site da BBC tem uma notícia sobre um experimento com partículas atômicas e o sons resultantes são muito diferentes! Fiquei pensando em como poderiam ser utilizados como base para performances, ou outros propostas de pós-produção artísticas... Ficaria show!
Coloquei eles aqui para ficar apertando play várias vezes... Divirtam-se!
Som 1
Som 2
Som 3
No site da BBC tem uma notícia sobre um experimento com partículas atômicas e o sons resultantes são muito diferentes! Fiquei pensando em como poderiam ser utilizados como base para performances, ou outros propostas de pós-produção artísticas... Ficaria show!
Coloquei eles aqui para ficar apertando play várias vezes... Divirtam-se!
Som 1
Som 2
Som 3
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Os perigos de uma história única
"Sala de aula" é um espaço que, para mim, representa antes de mais nada troca de experiências. Sim, diversos aspectos da experiência: o objetivo e o subjetivo; o individual e o coletivo; egos, superegos e alter egos; e por aí vai. Uma experiência sensorial e intelectual...
E numa dessas experiências compartilhadas sobre Currículo, a partir de um livro muitíssimo interessante (Globalização e interdisciplinaridade do Jurjo Torres Santomé), uma das colegas apresentou um texto de Chimamanda Adichie, escritora nigeriana, apresentado numa palestra do TEDGlobal 2009.
Nunca tinha ouvido falar dela (ignorância mesmo) e isso me deixou bastante tocada emocionalmente. O texto é perfeito! Num contexto divertido e sensível, a autora expõe a partir de pequenos episódios de vida o quanto somos incapazes de olhar à nossa volta e reconhecer cultura no nosso próprio espaço, e o quanto engolimos acriticamente e sequer verificamos determinadas informações que chegam até nós a respeito de etnias, raças, povos, entre outras "classes". Classes estas recorrentemente referidas como minorias, numa tentativa de diminuição, quando na verdade essas minorias são as minorias existentes em todo mundo, minorias que fazem e completam o mundo. É... essa "maioria" numérica branca, heterossexual, masculina é minoria como todas as outras e insistimos em usar o rótulo minoria, reforçando o contexto de dominação e a existência de uma maioria inexistente.
E no papel de professores, não podemos abrir mão do espaço que essas minorias, ou melhor diversidades, têm que ocupar na escola, na sala de aula, no planejamento. Esse tipo de ponderação e consideração tem que se tornar frequente para que possamos romper com hábitos de leituras unilaterais e individualistas. E neste caso, o planejamento bem considerado e ponderado, abordando esse tipo de tema/ assunto pode nos ajudar a viabilizar essas considerações com o intuito de promover um ensino de qualidade, no qual nossos alunos possam ter uma melhor compreensão do que acontece à nossa volta.
Enfim, coloquei o texto da palestra no 4shared e o vídeo abaixo. Vale muitíssimo a pena ler/ assitir!
E numa dessas experiências compartilhadas sobre Currículo, a partir de um livro muitíssimo interessante (Globalização e interdisciplinaridade do Jurjo Torres Santomé), uma das colegas apresentou um texto de Chimamanda Adichie, escritora nigeriana, apresentado numa palestra do TEDGlobal 2009.
Nunca tinha ouvido falar dela (ignorância mesmo) e isso me deixou bastante tocada emocionalmente. O texto é perfeito! Num contexto divertido e sensível, a autora expõe a partir de pequenos episódios de vida o quanto somos incapazes de olhar à nossa volta e reconhecer cultura no nosso próprio espaço, e o quanto engolimos acriticamente e sequer verificamos determinadas informações que chegam até nós a respeito de etnias, raças, povos, entre outras "classes". Classes estas recorrentemente referidas como minorias, numa tentativa de diminuição, quando na verdade essas minorias são as minorias existentes em todo mundo, minorias que fazem e completam o mundo. É... essa "maioria" numérica branca, heterossexual, masculina é minoria como todas as outras e insistimos em usar o rótulo minoria, reforçando o contexto de dominação e a existência de uma maioria inexistente.
E no papel de professores, não podemos abrir mão do espaço que essas minorias, ou melhor diversidades, têm que ocupar na escola, na sala de aula, no planejamento. Esse tipo de ponderação e consideração tem que se tornar frequente para que possamos romper com hábitos de leituras unilaterais e individualistas. E neste caso, o planejamento bem considerado e ponderado, abordando esse tipo de tema/ assunto pode nos ajudar a viabilizar essas considerações com o intuito de promover um ensino de qualidade, no qual nossos alunos possam ter uma melhor compreensão do que acontece à nossa volta.
Enfim, coloquei o texto da palestra no 4shared e o vídeo abaixo. Vale muitíssimo a pena ler/ assitir!
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Ainda do outro blog...
Do dia 08 de outubro de 2009
"Noutro dia tive que falar sobre um tema na aula de um curso que estou fazendo. Como o tema era livre, comecei pelo material postei no dia 12ago09, sobre arte moderna
http://www.sfmoma.org/multimedia/interactive_features/3#
... e fiz uma ponte com uma reportagem que saiu na Super Interessante sobre Coletivos escrita pelo Denis Russo Burgierman (muito boa, por sinal!).
Foi então que caiu a fixa que realmente qualquer material pode ser usado como recurso pedagógico! Juntei um monte de imagens, links, poderia ter colocado vídeo, e no final, ficou uma aula super bacana. Tudo bem que pesquisei um monte, como sempre estudo um monte... até me cansar... pra tentar não falar bobagem.
Não tem como anexar o PPT aqui porque é muito grande, entretanto, cabem os links com os temas associados a serem usados em discussões diversas:
Critical Mass (Europa e EUA) ou Bicicletada (Brasil e Portugal): meio ambiente, consumo, poluição do ar, meio de transporte.
http://critical-mass.info/
http://oexperimento.wordpress.com/critical-mass/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa_Cr%C3%ADtica
http://www.bicicletada.org/tiki-index.php
Flooded McDonalds: consumo, alimentação, economia, arte contemporânea, pós-produção artística.
www.superflex.net/floodedmcdonalds
Guarana Power: guaraná, cooperativa, manutenção de mercado, Maués, indústria, manufatura.
http://www.guaranapower.org/
É isso... Já dá pra se divertir um bocado!"
"Noutro dia tive que falar sobre um tema na aula de um curso que estou fazendo. Como o tema era livre, comecei pelo material postei no dia 12ago09, sobre arte moderna
http://www.sfmoma.org/multimedia/interactive_features/3#
... e fiz uma ponte com uma reportagem que saiu na Super Interessante sobre Coletivos escrita pelo Denis Russo Burgierman (muito boa, por sinal!).
Foi então que caiu a fixa que realmente qualquer material pode ser usado como recurso pedagógico! Juntei um monte de imagens, links, poderia ter colocado vídeo, e no final, ficou uma aula super bacana. Tudo bem que pesquisei um monte, como sempre estudo um monte... até me cansar... pra tentar não falar bobagem.
Não tem como anexar o PPT aqui porque é muito grande, entretanto, cabem os links com os temas associados a serem usados em discussões diversas:
Critical Mass (Europa e EUA) ou Bicicletada (Brasil e Portugal): meio ambiente, consumo, poluição do ar, meio de transporte.
http://critical-mass.info/
http://oexperimento.wordpress.com/critical-mass/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa_Cr%C3%ADtica
http://www.bicicletada.org/tiki-index.php
Flooded McDonalds: consumo, alimentação, economia, arte contemporânea, pós-produção artística.
www.superflex.net/floodedmcdonalds
Guarana Power: guaraná, cooperativa, manutenção de mercado, Maués, indústria, manufatura.
http://www.guaranapower.org/
É isso... Já dá pra se divertir um bocado!"
Psicanálise e...
Ler Freud é um processo... Isso, um processo porque implica em aceitação, negação, dúvida, busca de lembranças que não necessariamente querem se mostrar ou que se mostram mas não têm justificativa ou não fazem sentido.
Uma das frases que mais mexeu comigo nas leituras que tenho feito sobre psicanálise explica o tempo "identificante": o tempo em que dois instantes se dão mutuamente identidade através de um acontecimento, o tempo que é instaurador de passagens e de transformação ("Os professores - entre o prazer e o sofrimento" da Claudine Blanchard-Laville). Ou seja, o tempo para a psicanálise é dinâmico, flexível, cíclico, pois se baseia na vivência, na representação e construção da identidade. Nada de linearidade temporal com a qual estamos acostumados e que via de regra rege nossa percepção e modo de viver nos fazendo tomar uma decisão atrás da outra como se fossemos nada antes e nada depois, o agora pelo agora imediato. Na realidade, cada dia que passa tenho mais certeza sobre essa incerteza temporal, por meio da teoria de cordas e pelas mônadas quânticas de Amit Goswami.
Assim, considerando o tempo identificante me permito falar em vários eu's num processo de representação do eu conectado a um Outro, e que se torna presente a todo momento ao resgatar das minhas impressões para as respostas necessárias às minhas experiências vividas neste presente. O que me leva à sala de aula...
Todo professor tem alguma história conectando sua infância à vida escolar e consequentemente a um professor que o marcou (aliás, mesmo não sendo professor esse tipo de história é presente). Muitas vezes até mesmo a justificativa pela escolha da profissão docente está ligada diretamente a um professor específico de figura altiva ou modesta, feminina ou masculina, doce ou áspera, e por aí vai... São imagens absorvidas, identificadas a partir do estabelecimento da relação professor-aluno, na qual na maior parte das vezes, enquanto alunos, não podemos ou não conseguimos optar por aceitar e da qual podemos ser vítimas de uma violência silenciosa, uma violência simbólica que nos faz abdicar várias vezes do nosso eu em prol do Outro. Entretanto, nesse processo de identificação é possível também haver transferência, do aluno para o/a professor/a, de uma relação já estabelecida com um outro Outro (pai, mãe,...), tonando a relação professor-aluno ainda mais complexa.
Onde quero chegar? Que como professores precisamos reconhecer o poder simbólico que exercemos nos nossos alunos no sentido de darmos um primeiro passo para a compreensão dessa relação tão complexa.
Não que sejamos únicos culpados pelo sucesso ou fracasso escolar, pois a instituição escolar também se relaciona simbolicamente com os alunos, mas é preciso que tenhamos consciência, ou pelo menos tentemos, para podermos lidar melhor com as idiossincrasias dos nossos alunos. É preciso reconhecer que em cada um deles há um ser humano complexo, com necessidades específicas. É necessário compreender que cada um deles passa pela negação do próprio eu para se adequar a sociedade e ao sistema escolar. É principalmente ter compaixão por cada um desses pequenos seres, sem considerá-los inocentes anjos, mas como participantes inconscientes da construção do seu próprio eu.
Uma das frases que mais mexeu comigo nas leituras que tenho feito sobre psicanálise explica o tempo "identificante": o tempo em que dois instantes se dão mutuamente identidade através de um acontecimento, o tempo que é instaurador de passagens e de transformação ("Os professores - entre o prazer e o sofrimento" da Claudine Blanchard-Laville). Ou seja, o tempo para a psicanálise é dinâmico, flexível, cíclico, pois se baseia na vivência, na representação e construção da identidade. Nada de linearidade temporal com a qual estamos acostumados e que via de regra rege nossa percepção e modo de viver nos fazendo tomar uma decisão atrás da outra como se fossemos nada antes e nada depois, o agora pelo agora imediato. Na realidade, cada dia que passa tenho mais certeza sobre essa incerteza temporal, por meio da teoria de cordas e pelas mônadas quânticas de Amit Goswami.
Assim, considerando o tempo identificante me permito falar em vários eu's num processo de representação do eu conectado a um Outro, e que se torna presente a todo momento ao resgatar das minhas impressões para as respostas necessárias às minhas experiências vividas neste presente. O que me leva à sala de aula...
Todo professor tem alguma história conectando sua infância à vida escolar e consequentemente a um professor que o marcou (aliás, mesmo não sendo professor esse tipo de história é presente). Muitas vezes até mesmo a justificativa pela escolha da profissão docente está ligada diretamente a um professor específico de figura altiva ou modesta, feminina ou masculina, doce ou áspera, e por aí vai... São imagens absorvidas, identificadas a partir do estabelecimento da relação professor-aluno, na qual na maior parte das vezes, enquanto alunos, não podemos ou não conseguimos optar por aceitar e da qual podemos ser vítimas de uma violência silenciosa, uma violência simbólica que nos faz abdicar várias vezes do nosso eu em prol do Outro. Entretanto, nesse processo de identificação é possível também haver transferência, do aluno para o/a professor/a, de uma relação já estabelecida com um outro Outro (pai, mãe,...), tonando a relação professor-aluno ainda mais complexa.
Onde quero chegar? Que como professores precisamos reconhecer o poder simbólico que exercemos nos nossos alunos no sentido de darmos um primeiro passo para a compreensão dessa relação tão complexa.
Não que sejamos únicos culpados pelo sucesso ou fracasso escolar, pois a instituição escolar também se relaciona simbolicamente com os alunos, mas é preciso que tenhamos consciência, ou pelo menos tentemos, para podermos lidar melhor com as idiossincrasias dos nossos alunos. É preciso reconhecer que em cada um deles há um ser humano complexo, com necessidades específicas. É necessário compreender que cada um deles passa pela negação do próprio eu para se adequar a sociedade e ao sistema escolar. É principalmente ter compaixão por cada um desses pequenos seres, sem considerá-los inocentes anjos, mas como participantes inconscientes da construção do seu próprio eu.
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