Das moradias mais simples aos maiores monumentos, as luzes serão apagadas por uma hora, para mostrar aos líderes mundiais nossa preocupação com o aquecimento global.
A Hora do Planeta começou em 2007, apenas em Sidney, na Austrália. Em 2008, 371 cidades participaram. Em 2009, quando o Brasil participou pela primeira vez, o movimento superou todas as expectativas.
Centenas de milhões de pessoas em mais de 4 mil cidades de 88 países apagaram as luzes. Monumentos e locais simbólicos, como a Torre Eiffel, o Coliseu e a Times Square, além do Cristo Redentor, o Congresso Nacional e outros ficaram uma hora no escuro.
Em 2010, mais de um bilhão de pessoas em 4616 cidades, em 128 países, apagaram as luzes durante a Hora do Planeta. Em 2011, a mobilização será ainda maior.
26 de março de 2011
Entre 20h30 e 21h30!
Acesse o site: www.horadoplaneta.org.br
Vamos fazer parte desse movimento! São apenas 60 minutos!
Apague a luz sem sair!!
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Árabes - você também tem medo deles?
O cinema transforma a imagem das pessoas, dos credos, das culturas locais, ainda mais se pensarmos em globalização e monoculturas sociais.
Quem nunca ouviu história de alguém que, enquanto estava no exterior, foi quesitonado se no Brasil havia algo além de Amazônia, futebol e festas carnavalescas ao longo do ano? É o mito hollywoodiano transpirando política e transformando não apenas brasileiros, indianos, judeus, árabes, muçulmanos, seja lá qual for a etnia, religião ou cultura em meros estereótipos.
Nem todo brasileiro é carnavalesco, certo? Também nem todo árabe é muçulmano, nem todo muçulmano é terrorista, nem muito menos louco. Nem todo indiano é budista, nem toda mulher árabe faz dança do ventre, nem todo australiano é aborígene.
Entretanto, a indústria cinematográfica tem feito um esforço indecente e indiscreto em fornecer argumentos para os cérebros menos informados de que a segregação é bem vinda ainda mais quando justificada pela pseudo-contra-violência ou pela sexualidade. Somos bombardeados o tempo inteiro com estereótipos inconvenientes e sequer paramos para questionar.
Quem lembra que na manhã de 11 de setembro rapidinho foram encontrados "árabes" para justificar o ataque. Sem entrar na questão de quem fez ou deixou de fazer e teorias da conspiração de lado - já que não é este o caso - o impressionante é como em menos de 2horas, a mídia já sabia que os autores eram "árabes".
Qualquer bomba que explode é um árabe. Mas todos eles estão armados? Aliás, apenas eles estão armados? Sem envolver diretamente questões políticas e econômicas, quem são as verdadeiras pessoas por trás das culturas, etnias e religiões?
Tomar o todo pela parte, coloca-nos em posiçaõ de total alienação. Num mundo de acesso fácil à informação, estereotipar as pessoas, principalmente por meio de mitos advindos do cinema é simplesmente terrível!
Para quem quiser ver como cinema tem manipulado especificamente o perfil dos árabes, indico Reel Bad Arabs - How Hollywood Vilifies a People (2007). É um documentário de 50 minutos, disponível no Youtube (legenda em espanhol) (Atualizado em 2015jan18 - os links foram removidos e não encontrei atualização para o torrent e a legenda).
O teor do documentário serve no mínimo para considerarmos como estamos alimentamos visualmente nossas cabeças.
Coloquei o trailer aqui para dar um gostinho!
Quem nunca ouviu história de alguém que, enquanto estava no exterior, foi quesitonado se no Brasil havia algo além de Amazônia, futebol e festas carnavalescas ao longo do ano? É o mito hollywoodiano transpirando política e transformando não apenas brasileiros, indianos, judeus, árabes, muçulmanos, seja lá qual for a etnia, religião ou cultura em meros estereótipos.
Nem todo brasileiro é carnavalesco, certo? Também nem todo árabe é muçulmano, nem todo muçulmano é terrorista, nem muito menos louco. Nem todo indiano é budista, nem toda mulher árabe faz dança do ventre, nem todo australiano é aborígene.
Entretanto, a indústria cinematográfica tem feito um esforço indecente e indiscreto em fornecer argumentos para os cérebros menos informados de que a segregação é bem vinda ainda mais quando justificada pela pseudo-contra-violência ou pela sexualidade. Somos bombardeados o tempo inteiro com estereótipos inconvenientes e sequer paramos para questionar.
Quem lembra que na manhã de 11 de setembro rapidinho foram encontrados "árabes" para justificar o ataque. Sem entrar na questão de quem fez ou deixou de fazer e teorias da conspiração de lado - já que não é este o caso - o impressionante é como em menos de 2horas, a mídia já sabia que os autores eram "árabes".
Qualquer bomba que explode é um árabe. Mas todos eles estão armados? Aliás, apenas eles estão armados? Sem envolver diretamente questões políticas e econômicas, quem são as verdadeiras pessoas por trás das culturas, etnias e religiões?
Tomar o todo pela parte, coloca-nos em posiçaõ de total alienação. Num mundo de acesso fácil à informação, estereotipar as pessoas, principalmente por meio de mitos advindos do cinema é simplesmente terrível!
Para quem quiser ver como cinema tem manipulado especificamente o perfil dos árabes, indico Reel Bad Arabs - How Hollywood Vilifies a People (2007). É um documentário de 50 minutos, disponível no Youtube (legenda em espanhol) (Atualizado em 2015jan18 - os links foram removidos e não encontrei atualização para o torrent e a legenda).
O teor do documentário serve no mínimo para considerarmos como estamos alimentamos visualmente nossas cabeças.
Coloquei o trailer aqui para dar um gostinho!
A sociedade do automóvel!
11 milhões de pessoas, quase 6 milhões de automóveis; um acidente a cada 3 minutos; uma pessoa morta a cada 6 horas; 8 vítimas fatais da poluição por dia. É isso que temos quando nos dispomos a fazer parte da sociedade do automóvel.
É um documentário pequeno (39 minutos), "originalmente realizado como Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo na PUC-SP em dezembro de 2004", de Branca Nunes e Thiago Benicchio, disponibilizado para download no site www.ta.org.br/sociedadedoautomovel/ ou para ser visto no Google Videos.
Sintético, com algumas pérolas, vale a pena assistir!
"O motorista (paulistano) está numa situação muito miserável. A gente precisa ter compaixão."
"Quando a gente entra num automóvel, a gente tem uma sensação de poder. E todos aqueles que estão na nossa frente são adversários. Estabelece-se uma forma de convivência que em vez de ser de convivência passa a ser de agressão."
"Eu já não compraria (um carro) não. Sabe por que? A gente vai ser assaltado. Entende? Porque aí teria que comprar uma Mercedes com blindado. Aí sim."
"Ao se segregar os habitantes, em locais onde se acessa por automóvel e a rua passa a ser inóspita pelo tráfego e pela poluição, nós estamos abandonando a cidade e deixando que ela seja ocupada exatamente por aqueles que não são cidadãos."
É um documentário pequeno (39 minutos), "originalmente realizado como Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo na PUC-SP em dezembro de 2004", de Branca Nunes e Thiago Benicchio, disponibilizado para download no site www.ta.org.br/sociedadedoautomovel/ ou para ser visto no Google Videos.
Sintético, com algumas pérolas, vale a pena assistir!
"O motorista (paulistano) está numa situação muito miserável. A gente precisa ter compaixão."
"Quando a gente entra num automóvel, a gente tem uma sensação de poder. E todos aqueles que estão na nossa frente são adversários. Estabelece-se uma forma de convivência que em vez de ser de convivência passa a ser de agressão."
"Eu já não compraria (um carro) não. Sabe por que? A gente vai ser assaltado. Entende? Porque aí teria que comprar uma Mercedes com blindado. Aí sim."
"Ao se segregar os habitantes, em locais onde se acessa por automóvel e a rua passa a ser inóspita pelo tráfego e pela poluição, nós estamos abandonando a cidade e deixando que ela seja ocupada exatamente por aqueles que não são cidadãos."
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Criação coletiva
Mais um vídeo para encher os olhos! Dessa vez sobre criação coletiva...
Se você já navega há um tempo na web, provavelmente passou pela Wikipedia - um site com informações sobre um monte de coisas, uma enciclopédia construída a milhões de mãos. Como assim? A Wikipédia é um programa de código livre no qual é possível criar textos coletivamente, o que significa que as informações que estão lá foram postadas por internautas. Legal, né?
Mas de um tempo pra cá, a código da programação utilizada na criação da Wikipédia, que é livre, passou a ser utilizada também para programas nos quais é possível a criação coletiva de músicas, livros, vídeos, animações etc.! Ou seja, há uma série de possibilidades para o trabalho coletivo na web.
Daí, mesmo que você não esteja pensando em fazer algo coletivamente agora, pense na possibilidade de fazer algo com seus alunos, colegas de trabalho, de aula, criar artigos, vídeos, músicas, ou sei lá mais o que. Há sites onde é possível construir coletivamente sem estar necessariamente conectado a um ambiente virtual de aprendizagem (como o Moodle, Blackboard, Aulanet etc.). Tudo de bom, né?
Então, enquanto roda o vídeo, vai anotando os links para acessar depois... Muitíssimo interessante!!!
Se você já navega há um tempo na web, provavelmente passou pela Wikipedia - um site com informações sobre um monte de coisas, uma enciclopédia construída a milhões de mãos. Como assim? A Wikipédia é um programa de código livre no qual é possível criar textos coletivamente, o que significa que as informações que estão lá foram postadas por internautas. Legal, né?
Mas de um tempo pra cá, a código da programação utilizada na criação da Wikipédia, que é livre, passou a ser utilizada também para programas nos quais é possível a criação coletiva de músicas, livros, vídeos, animações etc.! Ou seja, há uma série de possibilidades para o trabalho coletivo na web.
Daí, mesmo que você não esteja pensando em fazer algo coletivamente agora, pense na possibilidade de fazer algo com seus alunos, colegas de trabalho, de aula, criar artigos, vídeos, músicas, ou sei lá mais o que. Há sites onde é possível construir coletivamente sem estar necessariamente conectado a um ambiente virtual de aprendizagem (como o Moodle, Blackboard, Aulanet etc.). Tudo de bom, né?
Então, enquanto roda o vídeo, vai anotando os links para acessar depois... Muitíssimo interessante!!!
No impact man
No Impact Man é o registro-documentário de um projeto-experimento feito por um americano - Colin Beavan - que ao longo de um ano mudou sua rotina em prol do mínimo de impacto que pudesse causar ao meio ambiente. Mesmo com o fim do documentário, Beavan mantém o blog no qual continua escrevendo.
No documentário, há informações muito interessantes e claramente executáveis que me fizeram ponderar o que realmente posso fazer para minimizar a degradação ambiental. As ações são implementadas aos poucos e, infelizmente, no esquema one-by-one. Não adianta querer que o mundo se mobilize quando ficou claro, pela reação pública ao projeto, diga-se de passagem às vezes bastante agressiva, que a negação de ação é mais uma forma de defesa dos interesses privados e falta de coragem de se desprogramar, como se para isto os egos tivessem que ser anulados, do que uma tentativa de contra-argumentar solidamente o que foi proposto.
Para mim, fica cada vez mais claro que posso ter outras atitudes pró-ambientais sem necessariamente me dispor de todo o conforto que a tecnologia me dispôs, otherwise, teria que abrir mão do computador, por exemplo.
Plástico - Infelizmente, não tem como evitá-lo totalmente. Embalam meu arroz, açúcar, biscoitos, pão, feijão, shampoo, computador, telefone, capas de livros, sapatos e por aí vai. O que posso fazer para minimizar o uso?
- Sapatos - posso usar sandálias de sola de borracha de pneu reciclada encontradas em feiras artesanais, ou me informar de onde vem a borracha dos meus futuros sapatos.
- Sacolas plásticas de mercado - essas rodaram tem tempo e foram substituídas pela mochila, mas também já aconteceu de, na volta pra casa, eu passar no mercado, adquirindo umas duas a mais. Solução: três embalagens plásticas dobradinhas na bolsa.
- Sacos para o lixo (já que sou obrigada a embalar para dispensar na lixeira do andar) - tenho usado os sacos que embalam os produtos como açúcar, arroz, pão e biscoitos, papel higiênico, farinhas, etc. O que dá e sobra. Estão enchendo o puxa saco.
- Vasílias de plástico - como de amaciante de roupas, produtos de limpeza em geral, shampoo, etc., levo para os coletores que tem no estacionamento do Pão de Acúcar. E dá pra levar de bicicleta!
Vidro - junto todas as sobras que comprei com alimentos e sucos e também as coloco no container do Pão de Açúcar para reciclagem - é o único lugar que conheço que recolhe e dá para levar de bicicleta. Alguns vidros uso para fazer compotas de geléia e molho de tomate. As conservas salgadas ponho um tanto de azeite e deixo fora da geladeira mesmo - já ficou assim uns 15 dias sem estragar (lembrando que foram esterelizadas logo antes de guardar a conserva)
Metais - tenho jogado no lixo, até porque são poucas - tenho evitado molhos de tomate, alimentos em conserva pela quantidade de produtos químicos na fabricação, fora na produção! De qualquer maneira, também vou juntar para levar no Pão de Açúcar (isso não é propaganda do mercado, por favor! apesar do Pão de Açúcar ter uma série de programas "verdes", vende peixes do fundo do mar, incentivando a pesca de arrasto!)
Óleo de cozinha - fiz acordo com o pessoal da casa do meu pai para que pudéssemos fazer sabão com o óleo que usamos. Eu tenho muito pouco porque não faço frituras, mas bola pra frente. Já é alguma coisa. A galera tem receitinha e foram criados fazendo sabão em casa! Massa!!!
Orgânicos - é um problema. Ao assistir o documentário, vi que poderia fazer uma caixa de compostagem no apartamento, mas quando as moscas infestaram a casa, assustei. Higiene é importante também. Vou pensar numa solução e posto por aqui depois.
Compras - não acho difícil, tendo em vista que não me considero uma pessoa consumista. Compro, em geral, quando preciso:
- Roupas - andei falando que precisava de umas roupas novas, mas na verdade preciso não, aliás, mais uma vez, doei algumas. As que tenho estão em bom estado!
- Alimentação - isso pra mim é difícil. Adoro comer na rua... Entretanto já diminui bastante. Agora é ser drástica!
- Outros - eletrônicos, coisas para casa, sapatos... Nada disso. Tenho tudo o que preciso! Normalmente quando algo estraga e realmente precisa de reposição então compro...
Papel - isso eu acho meio difícil eliminar... Mas...
- Livros - tenho encontrado vários para download e dá para pegar outros tanto na biblioteca. Apesar de eu ter mania de fazer anotações e sublinhar o que estou estudando, quando o livro é digital, risco e faço observações usando um editor de pdf livre bem bacaninha: o Foxit PDF Edit (o nome do programa fica registrado na página, mas não faz a menor diferença na funcionalidade... além disso, não vou imprimir mesmo). No caso de leituras para distração, levo para a cama, então vai o físico mesmo. Esse não tem jeito.
- Papel para anotações - de vez em quando faço umas limpas nos armários e encontro papéis para virar rascunho: cópia de documentos, resultado de exames e receitas médicas, tudo vira rascunho. Infelizmente jogo fora no lixo mesmo... mas acho que vai entrar na lista para levar para os containeres "daquele" mercado...
- Cadernos - desde menina aprendi com minha mãe a refazer os cadernos. De início achava ruim, porque minha mãe colocava as capas do ano anterior e eu queria novas, como todo os meus colegas. Mas foi só começar a fazer umas colagens nas capas e colocar um papel contact por cima que todo mundo começou a fazer também... Era algo bem terapêutico: horas para decidir as imagens e montar as capas que tinham sempre uma "mensagem". Na última vez em que peguei os cadernos dos meus irmãos, consegui fazer um novo com muitas páginas, coloquei uma capa já existente e pronto! Não fiz montagem porque teria que usar o contact e a idéia é minimizar o uso do plástico!
Enfim, estou fazendo um pouquinho, mas acho que é assim: vou me adequando e assumindo as mudanças como parte da rotina.
Coloquei o trailer do filme, para darem uma espiadinha...
Se alguém ficar animado, consegui baixar o filme e colocar legenda em inglês (não encontrei em português e ler em inglês ajuda bastante!)
No documentário, há informações muito interessantes e claramente executáveis que me fizeram ponderar o que realmente posso fazer para minimizar a degradação ambiental. As ações são implementadas aos poucos e, infelizmente, no esquema one-by-one. Não adianta querer que o mundo se mobilize quando ficou claro, pela reação pública ao projeto, diga-se de passagem às vezes bastante agressiva, que a negação de ação é mais uma forma de defesa dos interesses privados e falta de coragem de se desprogramar, como se para isto os egos tivessem que ser anulados, do que uma tentativa de contra-argumentar solidamente o que foi proposto.
Para mim, fica cada vez mais claro que posso ter outras atitudes pró-ambientais sem necessariamente me dispor de todo o conforto que a tecnologia me dispôs, otherwise, teria que abrir mão do computador, por exemplo.
Plástico - Infelizmente, não tem como evitá-lo totalmente. Embalam meu arroz, açúcar, biscoitos, pão, feijão, shampoo, computador, telefone, capas de livros, sapatos e por aí vai. O que posso fazer para minimizar o uso?
- Sapatos - posso usar sandálias de sola de borracha de pneu reciclada encontradas em feiras artesanais, ou me informar de onde vem a borracha dos meus futuros sapatos.
- Sacolas plásticas de mercado - essas rodaram tem tempo e foram substituídas pela mochila, mas também já aconteceu de, na volta pra casa, eu passar no mercado, adquirindo umas duas a mais. Solução: três embalagens plásticas dobradinhas na bolsa.
- Sacos para o lixo (já que sou obrigada a embalar para dispensar na lixeira do andar) - tenho usado os sacos que embalam os produtos como açúcar, arroz, pão e biscoitos, papel higiênico, farinhas, etc. O que dá e sobra. Estão enchendo o puxa saco.
- Vasílias de plástico - como de amaciante de roupas, produtos de limpeza em geral, shampoo, etc., levo para os coletores que tem no estacionamento do Pão de Acúcar. E dá pra levar de bicicleta!
Vidro - junto todas as sobras que comprei com alimentos e sucos e também as coloco no container do Pão de Açúcar para reciclagem - é o único lugar que conheço que recolhe e dá para levar de bicicleta. Alguns vidros uso para fazer compotas de geléia e molho de tomate. As conservas salgadas ponho um tanto de azeite e deixo fora da geladeira mesmo - já ficou assim uns 15 dias sem estragar (lembrando que foram esterelizadas logo antes de guardar a conserva)
Metais - tenho jogado no lixo, até porque são poucas - tenho evitado molhos de tomate, alimentos em conserva pela quantidade de produtos químicos na fabricação, fora na produção! De qualquer maneira, também vou juntar para levar no Pão de Açúcar (isso não é propaganda do mercado, por favor! apesar do Pão de Açúcar ter uma série de programas "verdes", vende peixes do fundo do mar, incentivando a pesca de arrasto!)
Óleo de cozinha - fiz acordo com o pessoal da casa do meu pai para que pudéssemos fazer sabão com o óleo que usamos. Eu tenho muito pouco porque não faço frituras, mas bola pra frente. Já é alguma coisa. A galera tem receitinha e foram criados fazendo sabão em casa! Massa!!!
Orgânicos - é um problema. Ao assistir o documentário, vi que poderia fazer uma caixa de compostagem no apartamento, mas quando as moscas infestaram a casa, assustei. Higiene é importante também. Vou pensar numa solução e posto por aqui depois.
Compras - não acho difícil, tendo em vista que não me considero uma pessoa consumista. Compro, em geral, quando preciso:
- Roupas - andei falando que precisava de umas roupas novas, mas na verdade preciso não, aliás, mais uma vez, doei algumas. As que tenho estão em bom estado!
- Alimentação - isso pra mim é difícil. Adoro comer na rua... Entretanto já diminui bastante. Agora é ser drástica!
- Outros - eletrônicos, coisas para casa, sapatos... Nada disso. Tenho tudo o que preciso! Normalmente quando algo estraga e realmente precisa de reposição então compro...
Papel - isso eu acho meio difícil eliminar... Mas...
- Livros - tenho encontrado vários para download e dá para pegar outros tanto na biblioteca. Apesar de eu ter mania de fazer anotações e sublinhar o que estou estudando, quando o livro é digital, risco e faço observações usando um editor de pdf livre bem bacaninha: o Foxit PDF Edit (o nome do programa fica registrado na página, mas não faz a menor diferença na funcionalidade... além disso, não vou imprimir mesmo). No caso de leituras para distração, levo para a cama, então vai o físico mesmo. Esse não tem jeito.
- Papel para anotações - de vez em quando faço umas limpas nos armários e encontro papéis para virar rascunho: cópia de documentos, resultado de exames e receitas médicas, tudo vira rascunho. Infelizmente jogo fora no lixo mesmo... mas acho que vai entrar na lista para levar para os containeres "daquele" mercado...
- Cadernos - desde menina aprendi com minha mãe a refazer os cadernos. De início achava ruim, porque minha mãe colocava as capas do ano anterior e eu queria novas, como todo os meus colegas. Mas foi só começar a fazer umas colagens nas capas e colocar um papel contact por cima que todo mundo começou a fazer também... Era algo bem terapêutico: horas para decidir as imagens e montar as capas que tinham sempre uma "mensagem". Na última vez em que peguei os cadernos dos meus irmãos, consegui fazer um novo com muitas páginas, coloquei uma capa já existente e pronto! Não fiz montagem porque teria que usar o contact e a idéia é minimizar o uso do plástico!
Enfim, estou fazendo um pouquinho, mas acho que é assim: vou me adequando e assumindo as mudanças como parte da rotina.
Coloquei o trailer do filme, para darem uma espiadinha...
Se alguém ficar animado, consegui baixar o filme e colocar legenda em inglês (não encontrei em português e ler em inglês ajuda bastante!)
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Da servidão moderna
"A servidão moderna é uma escravidão voluntária, aceita por essa multidão de escravos que se arrastam pela face da terra. Eles mesmos compram as mercadorias que lhes escravizam cada vez mais. Eles mesmos correm atrás de um trabalho cada vez mais alienante, que lhes é dado generosamente se estão suficientemente domados. Eles mesmos escolhem os amos a quem deverão servir. Para que essa tragédia absurda possa ter sucedido, foi preciso tirar desta classe, a capacidade de se conscientizar sobre a exploração e a alienação da qual são vítimas. Eis então a estranha modernidade da época atual. Ao contrário dos escravos da Antiguidade, aos servos da Idade Média e aos operários das primeiras revoluções industriais, estamos hoje frente a uma classe totalmente escrava, que no entanto não se dá conta disso ou melhor ainda, que não quer enxergar. Eles não conhecem a rebelião, que deveria ser a única reação legítima dos explorados. Aceitam sem discutir a vida lamentável que foi planificada para eles. A renúncia e a resignação são a fonte de sua desgraça.
Eis então o pesadelo dos escravos modernos que só aspiram a deixar-se levar pela dança macabra do sistema de alienação.
A opressão se moderniza estendendo-se por todas as partes, as formas de mistificação que permitem ocultar nossa condição de escravos. Mostrar a realidade tal qual é na verdade e não tal como mostra o poder constitui a mais autentica subversão.
Somente a verdade é revolucionária."
Perfeito!
Estas são as primeiras palavras de A servidão moderna, um "livro e um documentário de 52 minutos produzidos de maneira completamente independente; o livro (e o DVD contido) é distribuído gratuitamente em certos lugares alternativos na França e na América latina. O texto foi escrito na Jamaica em outubro de 2007 e o documentário foi finalizado na Colômbia em maio de 2009."
Incômodo, questionador, emocionante... É só assim que nos permitimos abrir os olhos para então nos reconhecermos como escravos de uma sociedade para a qual nós mesmos damos autoridade de nos manipular.
A primeira parte do vídeo abaixo, pelo youtube, ou para quem quiser fazer download, tem na página do documentário o link.
Eis então o pesadelo dos escravos modernos que só aspiram a deixar-se levar pela dança macabra do sistema de alienação.
A opressão se moderniza estendendo-se por todas as partes, as formas de mistificação que permitem ocultar nossa condição de escravos. Mostrar a realidade tal qual é na verdade e não tal como mostra o poder constitui a mais autentica subversão.
Somente a verdade é revolucionária."
Perfeito!
Estas são as primeiras palavras de A servidão moderna, um "livro e um documentário de 52 minutos produzidos de maneira completamente independente; o livro (e o DVD contido) é distribuído gratuitamente em certos lugares alternativos na França e na América latina. O texto foi escrito na Jamaica em outubro de 2007 e o documentário foi finalizado na Colômbia em maio de 2009."
Incômodo, questionador, emocionante... É só assim que nos permitimos abrir os olhos para então nos reconhecermos como escravos de uma sociedade para a qual nós mesmos damos autoridade de nos manipular.
A primeira parte do vídeo abaixo, pelo youtube, ou para quem quiser fazer download, tem na página do documentário o link.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Novo periódico - FINEDUCA
Chamada pública de artigos para o volume inaugural do periódico FINEDUCA - Revista de Financiamento da Educação.
Fineduca é um periódico acadêmico online de acesso livre, avaliado por pares, editado pela Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação.
Tem por objetivos divulgar estudos, pesquisas, reflexões sobre a prática e promover o intercâmbio e o debate de ideias, contribuindo para o aperfeiçoamento das ferramentas analíticas e das concepções teóricas e
metodológicas de seu campo de abrangência.
Publica obras inéditas em português, espanhol e inglês, com exceção feita aos textos clássicos com edição esgotada e às traduções de artigos inacessíveis aos leitores brasileiros.
Pretende ser um canal democrático e plural de veiculação de diferentes análises e concepções acerca do financiamento educacional.
As submissões de artigos devem ser realizadas diretamente no site da revista, onde também são encontradas maiores informações. Os primeiros artigos serão publicados por ocasião do lançamento oficial da revista, durante o Simpósio da ANPAE, no final de abril, em São Paulo.
Contatos e informações no site da revista: http://seer.ufrgs.br/fineduca
Fineduca é um periódico acadêmico online de acesso livre, avaliado por pares, editado pela Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação.
Tem por objetivos divulgar estudos, pesquisas, reflexões sobre a prática e promover o intercâmbio e o debate de ideias, contribuindo para o aperfeiçoamento das ferramentas analíticas e das concepções teóricas e
metodológicas de seu campo de abrangência.
Publica obras inéditas em português, espanhol e inglês, com exceção feita aos textos clássicos com edição esgotada e às traduções de artigos inacessíveis aos leitores brasileiros.
Pretende ser um canal democrático e plural de veiculação de diferentes análises e concepções acerca do financiamento educacional.
As submissões de artigos devem ser realizadas diretamente no site da revista, onde também são encontradas maiores informações. Os primeiros artigos serão publicados por ocasião do lançamento oficial da revista, durante o Simpósio da ANPAE, no final de abril, em São Paulo.
Contatos e informações no site da revista: http://seer.ufrgs.br/fineduca
VI Encontro Pesquisa em Educação Ambiental
Organização:
Local: Universidade de São Paulo - Campus Ribeirão Preto
Objetivos:
Apresentação de trabalhos de pesquisa em EA, conferências, mesas redondas, grupos de discussão de pesquisa (GDP).
Prazo para envio de trabalho: 01 de março a 30 de abril / 2011 - Poderão ser encaminhados relatos de pesquisa (em andamento ou concluída) ou ensaios críticos.
Informações pelo e-mail: 6epea@epea.tmp.br
------
Orientação para elaboração dos trabalhos:
Os originais devem ser enviados por correio eletrônico para o endereço 6epea@epea.tmp.br.
O texto deve estar em formato compatível com o Word for Windows, fonte Times New Roman, corpo 12, espaço simples, sem espaço entre parágrafos; alinhamento com as margens esquerda e direita (justificado) e recuo de 1,25cm no início de cada parágrafo. O texto deve ter até 15 páginas em formato A4 e margens superior, inferior e laterais de 3 cm.
Na primeira página do texto deve constar o título completo do artigo em português (ou francês, espanhol e inglês), resumo em português e inglês (abstract) de até 150 palavras, e três palavras-chave/keywords (nos dois idiomas). Os(s) nome(s) do(s) autor(es) não deve(m) constar no texto.
No caso de pesquisas empíricas, o resumo deve apresentar brevemente e de forma clara os objetivos, a metodologia e os resultados mais importantes.
O resumo não precisa incluir referências bibliográficas. As palavras-chave e keywords devem refletir da melhor maneira possível a temática do estudo. Uma folha de rosto deve ser enviada separadamente contendo:
As citações no texto e as referências bibliográficas devem seguir rigorosamente a última versão das normas da ABNT. As normas escolhidas devem ser uniformes ao longo de todo o texto. Nos casos indicados abaixo, em que a ABNT oferece opções, o trabalho deverá adotar as orientações que se seguem:
- Programas de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais e em Educação da UFSCar;
- Grupo de Pesquisa "A Temática Ambiental e o Processo Educativo" - Programa de Pós-Graduação em Educação do Instituto de Biociências da Unesp/ Rio Claro;
- Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental e Ensino de Ciências do Laboratório Interdisciplinar de Formação do Educador (LAIFE) da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto/USP.
Local: Universidade de São Paulo - Campus Ribeirão Preto
Objetivos:
- Refletir sobre a inserção da pesquisa em EA na Pós-Graduação do Brasil.
- Discutir a influência do sistema de Pós-Graduação nas Pesquisas em Educação Ambiental
- Analisar experiências concretas de pesquisas em EA em diferentes modelos de Programas de Pós-Graduação.
Apresentação de trabalhos de pesquisa em EA, conferências, mesas redondas, grupos de discussão de pesquisa (GDP).
Prazo para envio de trabalho: 01 de março a 30 de abril / 2011 - Poderão ser encaminhados relatos de pesquisa (em andamento ou concluída) ou ensaios críticos.
Informações pelo e-mail: 6epea@epea.tmp.br
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Orientação para elaboração dos trabalhos:
Os originais devem ser enviados por correio eletrônico para o endereço 6epea@epea.tmp.br.
O texto deve estar em formato compatível com o Word for Windows, fonte Times New Roman, corpo 12, espaço simples, sem espaço entre parágrafos; alinhamento com as margens esquerda e direita (justificado) e recuo de 1,25cm no início de cada parágrafo. O texto deve ter até 15 páginas em formato A4 e margens superior, inferior e laterais de 3 cm.
Na primeira página do texto deve constar o título completo do artigo em português (ou francês, espanhol e inglês), resumo em português e inglês (abstract) de até 150 palavras, e três palavras-chave/keywords (nos dois idiomas). Os(s) nome(s) do(s) autor(es) não deve(m) constar no texto.
No caso de pesquisas empíricas, o resumo deve apresentar brevemente e de forma clara os objetivos, a metodologia e os resultados mais importantes.
O resumo não precisa incluir referências bibliográficas. As palavras-chave e keywords devem refletir da melhor maneira possível a temática do estudo. Uma folha de rosto deve ser enviada separadamente contendo:
- título do trabalho no idioma em que ele foi escrito;
- afiliação completa de todos os autores (nome completo, formação, cargo e/ou função, endereço eletrônico e vínculo institucional [instituição, unidade, departamento, local de origem]).
As citações no texto e as referências bibliográficas devem seguir rigorosamente a última versão das normas da ABNT. As normas escolhidas devem ser uniformes ao longo de todo o texto. Nos casos indicados abaixo, em que a ABNT oferece opções, o trabalho deverá adotar as orientações que se seguem:
- As citações devem ser indicadas no texto pelo sistema de chamada autor-data. Exemplo: Segundo Sobrenome (2000).
- As referências devem aparecer em Referências bibliográficas e só devem apresentar aquelas que foram citadas no transcorrer do texto.
- O recurso tipográfico itálico deve ser utilizado para destacar o elemento título das obras, de acordo com a norma.
- As notas devem ser colocadas no rodapé da página.
GT 38 - Etnografia e Culturas Escolares no Mundo Ibero-Latino-Americano
Grupo de Trabalho "Etnografia e Culturas Escolares no Mundo Ibero-Latino-Americano", cujas atividades ocorrerão durante IX Reunião de Antropologia do Mercosul.
Local: Curitiba
Data: 10 a 13 de julho de 2011.
Prazo final para o envio de resumos: 03 de março de 2011.
-----
Na antropologia, questões que dizem respeito às formas de produção, transmissão e distribuição do conhecimento, nas diversas sociedades e culturas tem-se mostrado uma constante em seu debate.
Longe de configurar algo novo, como nos aponta Gusmão, o diálogo entre a antropologia e a educação remonta ao próprio debate do culturalismo americano, iniciado por Boas, mas continuado por autores como Mead e Benedict.
Buscamos aqui alargar o debate entre estes dois campos, destacando o universo escolar como objeto antropológico, bem como a etnografia como possibilidade metodológica para o este universo.
Pensar a educação (e a escola de modo particular), como universo de práticas, representações, fricção interétnica, etc, é trazer à tona a necessidade de lançar um olhar antropológico sobre tal realidade.
Abrimos, assim, a possibilidade para os mais diversos diálogos possíveis entre estes dois campos, destacando o caráter polifônico desta articulação.
Sandra Tosta (PUC-MG)
Ricardo Vieira (IPL – Portugal)
Local: Curitiba
Data: 10 a 13 de julho de 2011.
Prazo final para o envio de resumos: 03 de março de 2011.
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Na antropologia, questões que dizem respeito às formas de produção, transmissão e distribuição do conhecimento, nas diversas sociedades e culturas tem-se mostrado uma constante em seu debate.
Longe de configurar algo novo, como nos aponta Gusmão, o diálogo entre a antropologia e a educação remonta ao próprio debate do culturalismo americano, iniciado por Boas, mas continuado por autores como Mead e Benedict.
Buscamos aqui alargar o debate entre estes dois campos, destacando o universo escolar como objeto antropológico, bem como a etnografia como possibilidade metodológica para o este universo.
Pensar a educação (e a escola de modo particular), como universo de práticas, representações, fricção interétnica, etc, é trazer à tona a necessidade de lançar um olhar antropológico sobre tal realidade.
Abrimos, assim, a possibilidade para os mais diversos diálogos possíveis entre estes dois campos, destacando o caráter polifônico desta articulação.
Sandra Tosta (PUC-MG)
Ricardo Vieira (IPL – Portugal)
Desabafo autista - programação anual
Ajudando o pessoal a divulgar....
Estavam aceitando sugestões até o dia 15 de fevereiro. Não sei se já fecharam os outros locais.
Durante a realização dos encontros, pais, familiares, amigos, especialistas, professores e outras pessoas interessadas no tema autismo, trocam experiências, apresentam novas informações e, principalmente, relatam e debatem sobre suas vivências com filhos, conhecidos ou familiares autistas e aspergers.
Maiores Informações:
movimentoorgulhoautistabrasil@gmail.com
cris3998368@yahoo.com.br
8434-2044
Datas:
19 de Março - Região Administrativa (Cidade Satélite)
16 de Abril - Plano-Piloto
21 de Maio - EC 218 de Santa Maria
18 de Junho - Plano-Piloto
16 de Julho - A definir
20 de Agosto - Plano-Piloto
17 de Setembro - EC da Vila do RCG
22 de Outubro - Plano-Piloto
19 de Novembro - Região Administrativa (Cidade Satélite)
03 de Dezembro - Confraternização
Estavam aceitando sugestões até o dia 15 de fevereiro. Não sei se já fecharam os outros locais.
Durante a realização dos encontros, pais, familiares, amigos, especialistas, professores e outras pessoas interessadas no tema autismo, trocam experiências, apresentam novas informações e, principalmente, relatam e debatem sobre suas vivências com filhos, conhecidos ou familiares autistas e aspergers.
Maiores Informações:
movimentoorgulhoautistabrasil@gmail.com
cris3998368@yahoo.com.br
8434-2044
Datas:
19 de Março - Região Administrativa (Cidade Satélite)
16 de Abril - Plano-Piloto
21 de Maio - EC 218 de Santa Maria
18 de Junho - Plano-Piloto
16 de Julho - A definir
20 de Agosto - Plano-Piloto
17 de Setembro - EC da Vila do RCG
22 de Outubro - Plano-Piloto
19 de Novembro - Região Administrativa (Cidade Satélite)
03 de Dezembro - Confraternização
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
100 por cento limpeza
Umas das coisas legais da web é a rapidez com a qual as informações circulam. Curioso é quando as informações legais demoram um monte para chegar... mesmo sem a gente procurar!
Na Revista da FIEC, em março do ano passado, foi impressa uma matéria, também liberada em meio digital, a respeito de um engenheiro mecânico no Ceará que desenvolveu postes de luz que utilizam apenas energia limpa para acender. É um poste que armazena energia eólica e solar em uma bateria, ao longo do dia e/ou da noite, e garante iluminação sem degradação ambiental na produção da energia, ou seja, postes iluminados com energia limpa!
O esquema funciona da seguinte maneira:
"Feito em fibra de carbono e alumínio especial – mesmo material usado em aeronaves comerciais –, a peça tem três metros de comprimento e, na realidade, é a peça-chave do poste híbrido". Em cada poste há um avião que abriga células solares nas asas e cujas hélices alimentam o gerador eólico.
"Por meio dessas duas fontes, funcionando paralelamente, o poste tem autonomia de até sete dias, ou seja," mesmo que não vente ou faça sol ao longo de 7 dias, haverá iluminação pública. "É à prova de apagão."
Além disso, "cada poste é capaz de abastecer outros três ao mesmo tempo. Ou seja, um poste com um avião (...) é capaz de produzir energia para outros dois sem gerador e com seis lâmpadas LEDs (mais eficientes e mais ecológicas, uma vez que não utilizam mercúrio, como as fluorescentes compactas) de 50.000 horas de vida útil dia e noite (cerca de 50 vezes mais que as lâmpadas em operação atualmente; quanto à luminosidade, as LEDs são oito vezes mais potentes que as convencionais)."
Na reportagem o engenheiro disse não ter ainda investidores e mostra algumas vantagens da invenção. Por exemplo, ao invés de haver consumo de 7% de energia para iluminação pública, este consumo poderia cair para 3%.
Muitíssimo bacana, fiquei aqui pensando se essa iniciativa será reutilizada em outras cidades, pois pelo visto foi implementada como teste em uma rua em Fortaleza...Uma pena se esse conhecimento não for compartilhado e mobilizado.
Vale a pena ler a reportagem!
Em contrapartida, lembrei que estão querendo inundar uma área do Pará para construir uma hidrelétrica. Mobilização para prevenir? Mobilização para exigir energia limpa? Teremos que degradar o que nos resta de meio ambiente e recursos naturais para entendermos a necessidade do uso de energias limpas? Até quando será que iremos nos vender em prol do interesse alheio? Sim, porque que quem lucra nessa história não somos nós consumidores, mas as empresas energéticas. Na verdade, iremos ter prejuízo em pouco tempo, tendo em vista que a degradação ambiental só aumenta com a construção de hidrelétricas, infelizmente nosso principalmente recurso energético.
Ainda há de se considerar que energia elétrica produzida em hidrelétricas e usinas nucleares são centralizadas, produzem muita energia para alimentar uma quantidade grande de cidades, e por isto mais prováveis de provocarem apagão. Como aconteceu no sul do país ano passado ou retrasado... Mesmo com a rede elétrica bem organizada.
Energia não limpa, que degrada o ambiente, que inunda áreas consideradas inóspitas, mas nem por isto pobres em vida vegetal e animal, deveria ser proibida na criação e desenvolvimento de novas fontes de energia, de novas usinas. Mesmo considerando que são fontes mais caras, que demoram a dar retorno financeiro para as empresas energéticas. Porque na verdade, a preocupação da sociedade deveria ser o retorno social e não do interesse de algumas pessoas... Aliás, bem poucas pessoas, por sinal, são as que se beneficiam desse tipo de investimento.
Enfim, será que ainda estamos longe de alcançar esse nível de consciência social???
Na Revista da FIEC, em março do ano passado, foi impressa uma matéria, também liberada em meio digital, a respeito de um engenheiro mecânico no Ceará que desenvolveu postes de luz que utilizam apenas energia limpa para acender. É um poste que armazena energia eólica e solar em uma bateria, ao longo do dia e/ou da noite, e garante iluminação sem degradação ambiental na produção da energia, ou seja, postes iluminados com energia limpa!
O esquema funciona da seguinte maneira:
"Feito em fibra de carbono e alumínio especial – mesmo material usado em aeronaves comerciais –, a peça tem três metros de comprimento e, na realidade, é a peça-chave do poste híbrido". Em cada poste há um avião que abriga células solares nas asas e cujas hélices alimentam o gerador eólico.
"Por meio dessas duas fontes, funcionando paralelamente, o poste tem autonomia de até sete dias, ou seja," mesmo que não vente ou faça sol ao longo de 7 dias, haverá iluminação pública. "É à prova de apagão."
Além disso, "cada poste é capaz de abastecer outros três ao mesmo tempo. Ou seja, um poste com um avião (...) é capaz de produzir energia para outros dois sem gerador e com seis lâmpadas LEDs (mais eficientes e mais ecológicas, uma vez que não utilizam mercúrio, como as fluorescentes compactas) de 50.000 horas de vida útil dia e noite (cerca de 50 vezes mais que as lâmpadas em operação atualmente; quanto à luminosidade, as LEDs são oito vezes mais potentes que as convencionais)."
Na reportagem o engenheiro disse não ter ainda investidores e mostra algumas vantagens da invenção. Por exemplo, ao invés de haver consumo de 7% de energia para iluminação pública, este consumo poderia cair para 3%.
Muitíssimo bacana, fiquei aqui pensando se essa iniciativa será reutilizada em outras cidades, pois pelo visto foi implementada como teste em uma rua em Fortaleza...Uma pena se esse conhecimento não for compartilhado e mobilizado.
Vale a pena ler a reportagem!
Em contrapartida, lembrei que estão querendo inundar uma área do Pará para construir uma hidrelétrica. Mobilização para prevenir? Mobilização para exigir energia limpa? Teremos que degradar o que nos resta de meio ambiente e recursos naturais para entendermos a necessidade do uso de energias limpas? Até quando será que iremos nos vender em prol do interesse alheio? Sim, porque que quem lucra nessa história não somos nós consumidores, mas as empresas energéticas. Na verdade, iremos ter prejuízo em pouco tempo, tendo em vista que a degradação ambiental só aumenta com a construção de hidrelétricas, infelizmente nosso principalmente recurso energético.
Ainda há de se considerar que energia elétrica produzida em hidrelétricas e usinas nucleares são centralizadas, produzem muita energia para alimentar uma quantidade grande de cidades, e por isto mais prováveis de provocarem apagão. Como aconteceu no sul do país ano passado ou retrasado... Mesmo com a rede elétrica bem organizada.
Energia não limpa, que degrada o ambiente, que inunda áreas consideradas inóspitas, mas nem por isto pobres em vida vegetal e animal, deveria ser proibida na criação e desenvolvimento de novas fontes de energia, de novas usinas. Mesmo considerando que são fontes mais caras, que demoram a dar retorno financeiro para as empresas energéticas. Porque na verdade, a preocupação da sociedade deveria ser o retorno social e não do interesse de algumas pessoas... Aliás, bem poucas pessoas, por sinal, são as que se beneficiam desse tipo de investimento.
Enfim, será que ainda estamos longe de alcançar esse nível de consciência social???
200 países, 200 anos, 4 minutos
Recebi o link por email e decidi compartilhar!
O vídeo é muito interessante tanto no que diz respeito ao desenvolvimento dos dados, visual, aparato tecnológico que deve ter sido necessário quanto em relação às questões relativas a desenvolvimento econômico, diferenças sociais entre países e internas ao país. Uma lição de história em poucos minutos que pode se utilizada de diversas maneiras, principalmente no ambiente escolar!
Discussões sobre as influências das guerras, epidemias, economia etc. Discussão sobre dados de saúde, influência da educação e do desenvolvimento tecnológico, assim como da política. E como não poderia deixar de ser, o que fazer para melhorar... Políticas públicas, cultura, trabalhos na sociedade civil... O que é possível?
Enfim, ficou para a lista de pequenos documentários pela possibilidade de exploração!
Espero que gostem tanto quanto eu!
O vídeo é muito interessante tanto no que diz respeito ao desenvolvimento dos dados, visual, aparato tecnológico que deve ter sido necessário quanto em relação às questões relativas a desenvolvimento econômico, diferenças sociais entre países e internas ao país. Uma lição de história em poucos minutos que pode se utilizada de diversas maneiras, principalmente no ambiente escolar!
Discussões sobre as influências das guerras, epidemias, economia etc. Discussão sobre dados de saúde, influência da educação e do desenvolvimento tecnológico, assim como da política. E como não poderia deixar de ser, o que fazer para melhorar... Políticas públicas, cultura, trabalhos na sociedade civil... O que é possível?
Enfim, ficou para a lista de pequenos documentários pela possibilidade de exploração!
Espero que gostem tanto quanto eu!
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Calculadora Ecológica
Isso mesmo... A calculadora ecológica mede o impacto ambiental, por meio de poucas questões, que cada um de nós tem no mundo.
http://www.oeco.com.br/calculadora
Vergonhosamente, mesmo tentando de várias maneiras consumir menos, reciclar material, optar pela diminuição de uso de energia e por aí vai, se todos vivessem como eu vivo, consumiríamos o que é possível consumir em um ano, em um ano e 5 meses... Ou seja, precisaríamos de quase mais um planeta e meio para sobrevivermos... Que triste!
O teste dá a possibilidade de estabelecer uma meta e refazê-lo modificando o que for possível, entretanto descobri que tem coisas que consigo modificar, por exemplo, eliminar carne vermelha, peixes, derivados de vaca, quantidade de livros que compro por mês, exigir a quantidade de energia elétrica renovável que chega na minha casa, mas outras não, como o tamanho da minha casa, a quantidade de pessoas que moram aqui - coisas que fazem diferença no resultado final.
Além disto, no final há links interessantes para outras páginas com informações sobre biocapacidade de vários países no mundo entre outras informações! Sempre válidas!
Enfim, acho que no mínimo vale a curiosidade em preencher o questionário. Não tem que por nome, nem nada, é só testar...
http://www.oeco.com.br/calculadora
Vergonhosamente, mesmo tentando de várias maneiras consumir menos, reciclar material, optar pela diminuição de uso de energia e por aí vai, se todos vivessem como eu vivo, consumiríamos o que é possível consumir em um ano, em um ano e 5 meses... Ou seja, precisaríamos de quase mais um planeta e meio para sobrevivermos... Que triste!
O teste dá a possibilidade de estabelecer uma meta e refazê-lo modificando o que for possível, entretanto descobri que tem coisas que consigo modificar, por exemplo, eliminar carne vermelha, peixes, derivados de vaca, quantidade de livros que compro por mês, exigir a quantidade de energia elétrica renovável que chega na minha casa, mas outras não, como o tamanho da minha casa, a quantidade de pessoas que moram aqui - coisas que fazem diferença no resultado final.
Além disto, no final há links interessantes para outras páginas com informações sobre biocapacidade de vários países no mundo entre outras informações! Sempre válidas!
Enfim, acho que no mínimo vale a curiosidade em preencher o questionário. Não tem que por nome, nem nada, é só testar...
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
A vida na escola e a escola da vida
Claudius Ceccon é um ilustrador de mão cheia! Agregado a isto, descobri um livro dele com Miguel e Rosiska Darcy - A vida na escola e a escola da vida. Tudo de bom!
Com imagens divertidas e questionadoras, o livro de leitura simples e agradável, mostra claramente o universo escolar e como a sociedade interage com a escola.
A leitura despretensiosa passeia por todos os responsáveis por uma escola de qualidade e se atem a um sistema reprodutor de demanda por alunos que se mantenham na cada classe social à qual pertencem. Brilhante! O ensino não é do professor, a escola não é do aluno, a escola é de todos! A responsabilidade é dividida entre todos que da escola participam: o professor que reproduz o sistema por uma má formação ou falta de qualificação e reflexão; dos pais que não participam das decisões na escola ou no país ou não exigem espaço de participação; da escola por assumir o padrão que lhe e imposto sem se preocupar em mudar ou adequar à real função da escola que é oportunizar ensino igual para todos; do Estado que não investe e viabiliza distorções promovendo insegurança enquanto promove o estado neoliberal.
Uau... É a manutenção da perspectiva de organização do trabalho pedagógico num perfil taylorista, com tendencias ao toyotismo, com abertura ao mercado privado e responsabilização do professor ou mecanismos de controle que põe a baixo a imagem da escola pública e consequentemente todos que por ela passam!
Injusto!
Enfim, vale muito a pena ler o livro. E como li em pdf, disponibilizei no 4Shared - é só clicar aqui.
Boa leitura!
Com imagens divertidas e questionadoras, o livro de leitura simples e agradável, mostra claramente o universo escolar e como a sociedade interage com a escola.
A leitura despretensiosa passeia por todos os responsáveis por uma escola de qualidade e se atem a um sistema reprodutor de demanda por alunos que se mantenham na cada classe social à qual pertencem. Brilhante! O ensino não é do professor, a escola não é do aluno, a escola é de todos! A responsabilidade é dividida entre todos que da escola participam: o professor que reproduz o sistema por uma má formação ou falta de qualificação e reflexão; dos pais que não participam das decisões na escola ou no país ou não exigem espaço de participação; da escola por assumir o padrão que lhe e imposto sem se preocupar em mudar ou adequar à real função da escola que é oportunizar ensino igual para todos; do Estado que não investe e viabiliza distorções promovendo insegurança enquanto promove o estado neoliberal.
Uau... É a manutenção da perspectiva de organização do trabalho pedagógico num perfil taylorista, com tendencias ao toyotismo, com abertura ao mercado privado e responsabilização do professor ou mecanismos de controle que põe a baixo a imagem da escola pública e consequentemente todos que por ela passam!
Injusto!
Enfim, vale muito a pena ler o livro. E como li em pdf, disponibilizei no 4Shared - é só clicar aqui.
Boa leitura!
Uma lupa para olhar a escola: um viés positivista da observação de aula
Noutro dia, em aula, conversamos sobre a reportagem que saiu na Folha de São Paulo, 17 janeiro 2011, sobre observação de aulas. O nome da reportagem era Ensino público: um outro olhar. E por alguns momentos me lembrei de uma série de coisas...
Quando trabalhava numa empresa privada atendendo escolas que tinham adotado o projeto da empresa, sempre ficava esquadrinhando boas ações nas escolas particulares que atendia. Via de regra, não havia preocupação da direção ou melhor dos donos das escolas com questões de ordem pedagógicas. Interessava apenas o cliente satisfeito e a entrada de recursos para render lucro e quem sabe ampliar a escola. Literalmente uma empresa como outra qualquer.
Acontece que encontrar as boas ações, ou melhor, ações que de alguma maneira tinham retorno pedagógico positivo no processo ensino aprendizagem era um achado! É, isso mesmo... Não era fácil encontrar algo que destoasse do padrão de aula conteudista, provas longas e densas ou eventos associados ao calendário de feriados.
Numa dessas escolas, havia uma coordenadora, a meu ver (e pelo menos enquanto eu estava por perto), exemplar. Estava sempre disposta a conversar com os professores, trocava ideias e... tinha uma proposta peculiar de acompanhamento próximo: ela se dispunha a cada período do dia a assistir alguma aula dos professores e conversar com os mesmos sobre a atuação em sala. Algo bem tranquilo e que vi alguns professores cobrarem dela: Já tem duas semanas que você não vai lá. Queria te mostrar uma coisa...
Lembro que na hora só pensava que a ideia deveria ser muito boa se não houvesse qualquer resistência por parte dos professores ou pressão por parte da coordenadora. O peculiar dessa movimentação era a possibilidade de um olhar externo pelo qual muitas vezes, enquanto professores solitariamente em sala de aula, procuramos mas não temos coragem de assumir ou de adotar, tendo em vista que é difícil reconhecer erros, aceitá-los e concertá-los.
Ao ler a reportagem da Folha de São Paulo, todas aquelas ponderações voltaram.
Não posso negar que adoraria ter algum colega assistindo minhas aulas para que me dar dicas, sugestões, que fizesse críticas construtivas ou não (é meio difícil encontrar intervenções positivas para todo tipo de atividade ou ação - é um exercício ferrenho). Mas quem sabe quando eu voltar a dar aula eu encontre alguém disposto, e que tenha tempo (muito importante esse fator!), para trocar esse tipo de experiência comigo. Acredito serem válidas por estimularem o trabalho em grupo, a crítica construtiva, a experimentação, o diálogo na equipe docente e consequentemente na escola.
A questão é que reportagem me incomodou muito pelo fato de serem examinadores externos nas salas de aula! Quem se sentiria bem numa situação dessas? E não estou falando apenas de professores. Que profissional se sujeitaria a uma situação dessas?
Tudo bem, é inegável que a visão de um examinador externo é interessante pelo fato de ser mais objetiva. Mas talvez exatamente isso é que não seja legal: essa objetividade externa desconsidera que posso estar num dia ruim (como qualquer outro ser humano), que a escola tem necessidades específicas (diálogo, abertura para a comunidade etc), que há condições de trabalho a serem ponderadas (condições físicas, psicológicas, de apoio pedagógico), que o trabalho em grupo do corpo docente deve ser estimulado (e não demandado a uma pessoa externa).
Uma atividade desse tipo desestimula a integração entre os professores, pode gerar competitividade, individualização e priorizar métodos de ensino mais técnicos, baseados em técnicas de abordagem pedagógica como falar brincando, criar musiquinha para memorizar situações etc. Não que isto seja ruim, não é o caso discutir isto agora, mas não é só isso que importa!
E outra, quem são esses examinadores? Foram treinados? Treinados para fazer o que? Com que qualificação? Curso rápido de dois meses? Que tipo de orientação teórica, epistemológica receberam? É em prol dos interesses de quem? Que padrões de trabalho estão sendo usados? Que argumentos teóricos poderão ser levados à discussão? Que tipo de justificativas serão ponderadas? Acho que são dúvidas o suficiente para não concordar com tal postura.
Definitivamente, o que salta aos olhos é a Administração Científica do Trabalho de Taylor misturada às concepções toyotistas de trabalho, entrando com cada vez mais força no espaço escolar. Uma pena! Ao invés de nos humanizarmos para um mundo que precisa de trabalho coletivo para superar os problemas atuais (sociais, ambientais, econômicos etc.), estamos objetivando o que restou de humanidade. Ao invés de desenvolvermos a estética, a criatividade, a ética e a moral em nossos alunos, estamos ensinando-os a ver o mundo como regras e padrões.
Nossa! Imagine se isto vier a se tornar política pública educativa?
Enfim, para quem quiser dar uma olhada, encontrei a reportagem na íntegra no blog Conteúdo livre e a imagem do texto da Folha de São Paulo na página do blog Instituto Crescer para a Cidadania.
Quando trabalhava numa empresa privada atendendo escolas que tinham adotado o projeto da empresa, sempre ficava esquadrinhando boas ações nas escolas particulares que atendia. Via de regra, não havia preocupação da direção ou melhor dos donos das escolas com questões de ordem pedagógicas. Interessava apenas o cliente satisfeito e a entrada de recursos para render lucro e quem sabe ampliar a escola. Literalmente uma empresa como outra qualquer.
Acontece que encontrar as boas ações, ou melhor, ações que de alguma maneira tinham retorno pedagógico positivo no processo ensino aprendizagem era um achado! É, isso mesmo... Não era fácil encontrar algo que destoasse do padrão de aula conteudista, provas longas e densas ou eventos associados ao calendário de feriados.
Numa dessas escolas, havia uma coordenadora, a meu ver (e pelo menos enquanto eu estava por perto), exemplar. Estava sempre disposta a conversar com os professores, trocava ideias e... tinha uma proposta peculiar de acompanhamento próximo: ela se dispunha a cada período do dia a assistir alguma aula dos professores e conversar com os mesmos sobre a atuação em sala. Algo bem tranquilo e que vi alguns professores cobrarem dela: Já tem duas semanas que você não vai lá. Queria te mostrar uma coisa...
Lembro que na hora só pensava que a ideia deveria ser muito boa se não houvesse qualquer resistência por parte dos professores ou pressão por parte da coordenadora. O peculiar dessa movimentação era a possibilidade de um olhar externo pelo qual muitas vezes, enquanto professores solitariamente em sala de aula, procuramos mas não temos coragem de assumir ou de adotar, tendo em vista que é difícil reconhecer erros, aceitá-los e concertá-los.
Ao ler a reportagem da Folha de São Paulo, todas aquelas ponderações voltaram.
Não posso negar que adoraria ter algum colega assistindo minhas aulas para que me dar dicas, sugestões, que fizesse críticas construtivas ou não (é meio difícil encontrar intervenções positivas para todo tipo de atividade ou ação - é um exercício ferrenho). Mas quem sabe quando eu voltar a dar aula eu encontre alguém disposto, e que tenha tempo (muito importante esse fator!), para trocar esse tipo de experiência comigo. Acredito serem válidas por estimularem o trabalho em grupo, a crítica construtiva, a experimentação, o diálogo na equipe docente e consequentemente na escola.
A questão é que reportagem me incomodou muito pelo fato de serem examinadores externos nas salas de aula! Quem se sentiria bem numa situação dessas? E não estou falando apenas de professores. Que profissional se sujeitaria a uma situação dessas?
Tudo bem, é inegável que a visão de um examinador externo é interessante pelo fato de ser mais objetiva. Mas talvez exatamente isso é que não seja legal: essa objetividade externa desconsidera que posso estar num dia ruim (como qualquer outro ser humano), que a escola tem necessidades específicas (diálogo, abertura para a comunidade etc), que há condições de trabalho a serem ponderadas (condições físicas, psicológicas, de apoio pedagógico), que o trabalho em grupo do corpo docente deve ser estimulado (e não demandado a uma pessoa externa).
Uma atividade desse tipo desestimula a integração entre os professores, pode gerar competitividade, individualização e priorizar métodos de ensino mais técnicos, baseados em técnicas de abordagem pedagógica como falar brincando, criar musiquinha para memorizar situações etc. Não que isto seja ruim, não é o caso discutir isto agora, mas não é só isso que importa!
E outra, quem são esses examinadores? Foram treinados? Treinados para fazer o que? Com que qualificação? Curso rápido de dois meses? Que tipo de orientação teórica, epistemológica receberam? É em prol dos interesses de quem? Que padrões de trabalho estão sendo usados? Que argumentos teóricos poderão ser levados à discussão? Que tipo de justificativas serão ponderadas? Acho que são dúvidas o suficiente para não concordar com tal postura.
Definitivamente, o que salta aos olhos é a Administração Científica do Trabalho de Taylor misturada às concepções toyotistas de trabalho, entrando com cada vez mais força no espaço escolar. Uma pena! Ao invés de nos humanizarmos para um mundo que precisa de trabalho coletivo para superar os problemas atuais (sociais, ambientais, econômicos etc.), estamos objetivando o que restou de humanidade. Ao invés de desenvolvermos a estética, a criatividade, a ética e a moral em nossos alunos, estamos ensinando-os a ver o mundo como regras e padrões.
Nossa! Imagine se isto vier a se tornar política pública educativa?
Enfim, para quem quiser dar uma olhada, encontrei a reportagem na íntegra no blog Conteúdo livre e a imagem do texto da Folha de São Paulo na página do blog Instituto Crescer para a Cidadania.
História de um celular...
Mais uma vez vou fugir um pouco do tema central do blog, mas como vivemos aprendendo e aprendemos vivendo, talvez, de alguma maneira, a história que vou contar sobre o que aconteceu comigo, sirva de lição para alguém...
Na quarta-feira, pela manhã, bem dorminhoca que sou já que vou dormir tarde, acordei às 8h07 recebendo uma ligação de uma moça muito gentil procurando por alguém (que nem querendo eu lembraria o nome!) e que eu nunca nem tinha ouvido falar - algo como aquelas ligações de telemarketing. Como de vez em quando recebia uma ligação desse tipo, procurando por uma pessoa qualquer, não me incomodei. Aqui não tem ninguém com esse nome. Tentei me encontrar com Morfeu novamente.
Entretanto, uns dois minutos depois outra moça gentil ligou procurando por uma outra pessoa, cujo nome também não me lembro. O número era diferente, achei que era uma simples coincidência e como Morfeu ainda me chamava, desconsiderei essa perturbação, disse que não sabia quem era o ser humano a ser procurado. Dormi novamente... por dois minutos e fui acordada pela terceira moça gentil que procurava por uma terceira pessoa, também inominável. Não sei quem é... A senhora ligou para o número errado.
Morfeu nessa hora foi embora. Que triste! Iremos nos encontrar somente mais tarde... Fiquei brava, mas como a moça tinha sido gentil, virei para o lado e fiquei olhando para o teto: Acalme-se... Você precisa se levantar, ligar o computador e escrever mais um pouco. Você está atrasada com a entrega do material da sua qualificação. Aproveite que já acordou mesmo, tome um banho e mãos à obra!
Na quarta-feira, pela manhã, bem dorminhoca que sou já que vou dormir tarde, acordei às 8h07 recebendo uma ligação de uma moça muito gentil procurando por alguém (que nem querendo eu lembraria o nome!) e que eu nunca nem tinha ouvido falar - algo como aquelas ligações de telemarketing. Como de vez em quando recebia uma ligação desse tipo, procurando por uma pessoa qualquer, não me incomodei. Aqui não tem ninguém com esse nome. Tentei me encontrar com Morfeu novamente.
Entretanto, uns dois minutos depois outra moça gentil ligou procurando por uma outra pessoa, cujo nome também não me lembro. O número era diferente, achei que era uma simples coincidência e como Morfeu ainda me chamava, desconsiderei essa perturbação, disse que não sabia quem era o ser humano a ser procurado. Dormi novamente... por dois minutos e fui acordada pela terceira moça gentil que procurava por uma terceira pessoa, também inominável. Não sei quem é... A senhora ligou para o número errado.
Morfeu nessa hora foi embora. Que triste! Iremos nos encontrar somente mais tarde... Fiquei brava, mas como a moça tinha sido gentil, virei para o lado e fiquei olhando para o teto: Acalme-se... Você precisa se levantar, ligar o computador e escrever mais um pouco. Você está atrasada com a entrega do material da sua qualificação. Aproveite que já acordou mesmo, tome um banho e mãos à obra!
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