Hoje recebi um e-mail com um texto de autoria feminina sobre o errar que me pareceu mais uma indignação de um ser humano que se colocou dentro de um processo de não questionamento ao que a sociedade/ cultura de consumo apresenta.
Errar podemos sim, sempre! Basta nos dispormos a arriscar, principalmente porque nossos erros advém das experiencias do nosso eu com o mundo. Então melhorando: quem pode dizer o que está certo ou errado?
Numa sociedade como a nossa, onde a maioria se sujeita à versão dominante de poder, que é masculina, branca e heterossexual, esse é o papel que a falta de consciência fica para quem a quiser assumir. Freud, explica! Ainda que o perceba como mais uma figura, ao que me parece até então, machista.
É seres humanos... errar e acertar são frutos do que socialmente nos propomos a aceitar, individualmente!
Cabelos brancos são feios, ou melhor, é errado ter cabelos brancos numa cabeça de cabelos bem tratados só porque estão na cabeça de uma mulher? Eu deixei de pintá-los porque não quero mais química do que já consumo nos alimentos, estou errada?
Usar saia é bom mesmo ou estão aí para nos dizer como devemos nos comportar, ou melhor, para ficarmos quietinhas? Eu uso e gosto das minhas saias... são mais refrescantes que as bermudas, mas não as uso com mais frequência exatamente por me sentir várias vezes podada.
No texto, o exemplo colocado como erro que me chamou a atenção é o do casal que após 7 anos juntos e um mês de casamento se separaram. Poxa, a pergunta que não consigo evitar é: se a tal da mulher não estivesse se podando tanto para se encaixar num perfil modelado que nos reifica, nos transforma em objeto, silenciosos e nada cônscios, obrigadas a aceitar imposições sociais, como por exemplo um casamento ou ter filhos, será que ela ainda assim teria embarcado no casamento? E o cara, também não estava tentando se adaptar a algo? Caramba! 7 anos errando? Não houveram acertos? A convivência não estava desgastada? Não estavam apenas levando as coisas? Relacionamentos são complexos para serem simplificados com apenas uma palavra erro/acerto.
O que temos que entender é que errado só fica errado porque nos indispomos com a nossa natureza, uma natureza que precisa de auto-conhecimento, auto-conscientização sobre o que somos e o que realmente queremos e que não simplesmente aceita o que a sociedade, a mídia, a revista de moda ou o vizinho nos sugere! Uma natureza com a qual somos acima de tudo honestos, conosco e consequentemente com os outros. Não podemos simplesmente aceitar o que a sociedade do espetáculo sugere.
Enfim, para um pouquinho de iluminação cultural, vale ler a postagem de hoje do Leonardo Brant no site Cultura e mercado. Está ótimo!
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ResponderExcluirParabéns Juliana pelo blog,e pelo texto. tente te segui mais não consegui. kkkkkkk, beijos
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