Uso bastante um recurso do Word do menu Referências que gerencia referências bibliográficas. É uma mão na roda porque à medida que vou precisando usar referências em artigos a maioria está cadastrada e só insiro no arquivo.
Como funciona?
No menu Referências tem a opção Gerenciar Fonte Bibliográficas. Quando se clica nesta opção, aparece uma janela com duas listas: lista mestra e lista atual. A primeira é armazena e mostra as referências bibliográficas no computador (nunca procurei onde) e a segunda armazena e mostra as referências que estão no seu arquivo.
Para começar a usar o recurso, clique em Nova... escolha o tipo de referência a ser cadastrada (livro, capítulo de livro, artigo, site etc.) e preencha o formulário. Depois de digitar as informações nos campos necessários, clique em OK e pronto. Sua primeira referência está cadastrada na lista mestra e, como foi aberta no arquivo atual, está também na lista atual! Daí, à medida que vai precisando de outras referências, é só ir inserindo e montando o seu banco de referências na lista mestra!
AH! Normalmente não aparecem alguns campos, mas caso queira, por exemplo, inserir número da edição ou o nome/s do/s tradutor/es, tem que clicar na opção Mostrar Todos os Campos de Bibliografia.
Agora, e talvez o mais importante, esse recurso vale muito a pena se a opção Inserir Citação. for usada. Por que? Se cada citação for feita usando somente o recurso Inserir Citação das referências cadastradas, ao final da elaboração do texto tudo o que você usou para fazer as citações estará marcado na lista atual. Ou seja, quando você terminar de digitar seu artigo, não tem que conferir que referência foi citada no texto ou não - as referências citadas estarão todas marcadas na lista atual.
Como as referências usadas estarão marcadas, basta excluir da lista atual tudo o que não estiver marcado e depois clicar em Bibliografia e clicar em Inserir Bibliografia. Assim, você garante que nas referências bibliográficas dos artigo, TCC, monografia, dissertação, tese ou sei lá o que for, só entraram as referênica que foram citadas no texto. Lindo, né?
Enfim, a postagem é para ajudar quem não sabe sobre o recurso ou como usá-lo e também para compartilhar o arquivo que tenho usado para formatação das referências com as regras da ABNT (esse tipo de formatação, o Word chama de Estilo.
O link para baixar o estilo com o nome do autor completo...
http://www.4shared.com/file/eOngOk1S/ABNT_Author-nome_abreviado.html
O link para baixar o estilo com o nome do autor todo abreviado.
http://www.4shared.com/file/v68-BwJP/ABNT_Author-nome_completo.html
O arquivo do estilo tem que ser colocado dentro de um diretório específico do Windows. Como uso o Windows XP (e usarei enquanto conseguir), os arquivos devem ser salvos dentro do diretório:
C:\Arquivos de programas\Microsoft Office\Office12\Bibliography\Style
Nos outros Windows não tenho ideia de onde fica, mas deve ser algo parecido com esse, pois é a ideia de salvar o arquivo como um estilo de formatação de referências dentro do Office, pois vale também para os outros programas do pacote.
Se quiser ter os dois estilos disponíveis, vale também. É só alterar o Estilo, no menu Referências quando for usar com ou sem nome completo.
Sim! Como não fui em quem escreveu o programa (não dou conta disso, mas quem sabe um dia), aí vai o link para quem quiser baixar o original.
http://bibword.codeplex.com/Release/ProjectReleases.aspx?ReleaseId=27212
O arquivo para download é o primeiro: ABNT NBR 6023:2002
AH! Tem só um porém. Até hoje não consegui resolver a parte em destaque do nome do arquivo - por padrão veio negrito e prefiro itálico. Mas se for só por isso, no final, quando faço a revisão final, vou lá e coloco o itálico, afinal, o grosso foi feito. ;)
sábado, 16 de novembro de 2013
EAD - o que pensar sobre?
No ano passado, a aluna de uma amiga minha encontrou em contato por e-mail com algumas perguntas sobre EAD. Era para o TCC dela sobre o tema, em um curso de Licenciatura em Computação.
Por acaso, salvei a resposta que enviei. Talvez não por acaso, mas algo para se pensar novamente em outros tempo, com outras experiências e vivências.
De qualquer maneira, ontem, ao formatar minha máquina (tentativa de arrumá-la para não ter que comprar outra), encontrei o arquivo. Como achei que as respostas continuam traduzindo várias de minhas ideias sobre EAD, e outras que ficaram um tanto incompletas, aí vai o que enviei para a aluna - quem sabe alguém compartilha de algumas ou diverge de outras - mas já pensando em reescrever e aprofundar ideias.
Qual a maior dificuldade encontrada pela EAD?
A inclusão digital! Definitivamente há uma quantidade enorme de pessoas que não sabe usar comandos básicos em um computador e que, hoje, não se limitam mais a digitar um texto ou abrir um navegador de internet. Exemplo? Saber desbloquear pop-up ou autorizar um certificado digital, saber a diferença entre programas de edição de texto, e por aí vai... Apenas fazer uma acesso não é suficiente e, o pior, é que grande parte da população nem chega aí... Depois dessa dificuldade superada, ainda há as questões associadas à disciplina necessária para o estudo individualizado (autodisciplina/ auto-organização) – e isso depende orientações específicas.
Quais as vantagens que a EAD trás a sociedade?
- Pode alcançar uma grande quantidade de pessoas, pois hoje em dia há lan houses e locais com computadores e acesso gratuito à internet (programa Telecentros.BR, por exemplo) em vários locais no Brasil;
- Traz a possibilidade de melhoria de qualificação (que no Brasil é associada à certificação) a mais pessoas;
- Possibilita mais trocas culturais e de informação (algo necessário para um país do tamanho do Brasil) ao mesmo tempo em que desmistifica a ciência produzida na academia como única fonte de conhecimento (isso num curso em que há reais trocas).
Quais as desvantagens que a EAD trás a sociedade?
Como a EAD depende de tecnologia de última geração, o aluno que não se adéqua à EAD pode cair no perfil de um excluído social (aqui exclusão social vem da exclusão econômica e tecnológica, basta lembrar que computadores pessoais, notebooks, tablets ou acesso fácil à internet não fazem parte de grande parte da população). Isto não significa que quem não utiliza a EAD é excluído digital, porém, como considero a EAD como um meio premente de inclusão digital, aqueles que não lidam bem com a autodisciplina, administração do tempo ou não têm um bom acesso a internet banda larga estão excluídos. Além disso, percebo que a tendência tem sido o uso de tutoriais e ferramentas que nem sempre estimulam trocas, algo fundamental para o aprendizado e para garantir a motivação (há pesquisas que mostram que onde há discussões/conversas sobre um tema, a absorção do conteúdo pode chegar a 80%, muito mais que leituras, ouvir palestras, entre outros).
Como o profissional licenciado em computação pode vir a contribuir com a EAD?
Acho que sua presença na área da produção e oferta de um curso traz uma visão mais ampla e ao mesmo tempo específica das possibilidades de uso das ferramentas, facilitando o diálogo entre o objetivo, o conteúdo do curso, público alvo e ferramenta utilizada/ disponibilizada. Um profissional desse tipo também pode trazer/ propor soluções não alcançadas por quem não tem uma visão sistemática da tecnologia.
Quais são os desafios futuros para a EAD?
Inicialmente, pensei que poderíamos precisar repensar formatos de cursos e uso de ferramentas de interação. Entretanto, sem deixar o tema de lado, é fácil esbarrar na especificidade dos extremos do público-alvo: os não incluídos digitais e os praticamente autoditadas. Isso sim é um desafio! Ofertar cursos para ambos os públicos sem ser desafiador ou enfadonho ao ponto de desestimulá-los e, consequentemente, gerar evasão. Além disso, novamente, há o essencial trabalho da tutoria, que a cada dia mais trata do estabelecimento do vínculo entre pessoas... Somos natural e socialmente dependentes.
Por acaso, salvei a resposta que enviei. Talvez não por acaso, mas algo para se pensar novamente em outros tempo, com outras experiências e vivências.
De qualquer maneira, ontem, ao formatar minha máquina (tentativa de arrumá-la para não ter que comprar outra), encontrei o arquivo. Como achei que as respostas continuam traduzindo várias de minhas ideias sobre EAD, e outras que ficaram um tanto incompletas, aí vai o que enviei para a aluna - quem sabe alguém compartilha de algumas ou diverge de outras - mas já pensando em reescrever e aprofundar ideias.
Qual a maior dificuldade encontrada pela EAD?
A inclusão digital! Definitivamente há uma quantidade enorme de pessoas que não sabe usar comandos básicos em um computador e que, hoje, não se limitam mais a digitar um texto ou abrir um navegador de internet. Exemplo? Saber desbloquear pop-up ou autorizar um certificado digital, saber a diferença entre programas de edição de texto, e por aí vai... Apenas fazer uma acesso não é suficiente e, o pior, é que grande parte da população nem chega aí... Depois dessa dificuldade superada, ainda há as questões associadas à disciplina necessária para o estudo individualizado (autodisciplina/ auto-organização) – e isso depende orientações específicas.
Quais as vantagens que a EAD trás a sociedade?
- Pode alcançar uma grande quantidade de pessoas, pois hoje em dia há lan houses e locais com computadores e acesso gratuito à internet (programa Telecentros.BR, por exemplo) em vários locais no Brasil;
- Traz a possibilidade de melhoria de qualificação (que no Brasil é associada à certificação) a mais pessoas;
- Possibilita mais trocas culturais e de informação (algo necessário para um país do tamanho do Brasil) ao mesmo tempo em que desmistifica a ciência produzida na academia como única fonte de conhecimento (isso num curso em que há reais trocas).
Quais as desvantagens que a EAD trás a sociedade?
Como a EAD depende de tecnologia de última geração, o aluno que não se adéqua à EAD pode cair no perfil de um excluído social (aqui exclusão social vem da exclusão econômica e tecnológica, basta lembrar que computadores pessoais, notebooks, tablets ou acesso fácil à internet não fazem parte de grande parte da população). Isto não significa que quem não utiliza a EAD é excluído digital, porém, como considero a EAD como um meio premente de inclusão digital, aqueles que não lidam bem com a autodisciplina, administração do tempo ou não têm um bom acesso a internet banda larga estão excluídos. Além disso, percebo que a tendência tem sido o uso de tutoriais e ferramentas que nem sempre estimulam trocas, algo fundamental para o aprendizado e para garantir a motivação (há pesquisas que mostram que onde há discussões/conversas sobre um tema, a absorção do conteúdo pode chegar a 80%, muito mais que leituras, ouvir palestras, entre outros).
Como o profissional licenciado em computação pode vir a contribuir com a EAD?
Acho que sua presença na área da produção e oferta de um curso traz uma visão mais ampla e ao mesmo tempo específica das possibilidades de uso das ferramentas, facilitando o diálogo entre o objetivo, o conteúdo do curso, público alvo e ferramenta utilizada/ disponibilizada. Um profissional desse tipo também pode trazer/ propor soluções não alcançadas por quem não tem uma visão sistemática da tecnologia.
Quais são os desafios futuros para a EAD?
Inicialmente, pensei que poderíamos precisar repensar formatos de cursos e uso de ferramentas de interação. Entretanto, sem deixar o tema de lado, é fácil esbarrar na especificidade dos extremos do público-alvo: os não incluídos digitais e os praticamente autoditadas. Isso sim é um desafio! Ofertar cursos para ambos os públicos sem ser desafiador ou enfadonho ao ponto de desestimulá-los e, consequentemente, gerar evasão. Além disso, novamente, há o essencial trabalho da tutoria, que a cada dia mais trata do estabelecimento do vínculo entre pessoas... Somos natural e socialmente dependentes.
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