
Ontem, 14 de março, completaram 130 anos de sua morte e ainda hoje há maus entendidos (muitos, por sinal) a respeito de sua ideologia. É, ideologia sim...
Curiosamente, fala-se que com a simbólica queda do muro de Berlim a ideologia marxista teve direito ao seu último suspiro. Ledo engano. Nunca houve tanta necessidade em se resgatar seus ideias, principalmente reconhecendo a precariedade da relação do homem com o consumo (decorrente do estranhamento de si como consequência do estranhamento de seu trabalho), do homem consigo mesmo e com os outros homens (pela falta de reconhecimento de si mesmo, consequentemente da humanidade nos outros homens e pela falta do sentido de coletividade) e do homem com meio à sua volta (e ainda há quem diga que Marx escreveu que devemos nos apropriar pejorativamente da natureza).
Mais do que desvirtuar seus ideais, é preciso aprofundamento e compreensão em relação à época em que Marx viveu (de fato foi um visionário) e em relação à sua ideologia - algo possível apenas com a imersão em seus escritos que demandam um trabalho analítico de resgate e releitura.
Links com notícias sobre o dia...
José Reinaldo: Marx morreu há 130 anos, viva Marx!
Ao homenagear esta figura ímpar do pensamento progressista, é imperioso refletir sobre o porquê de sua obra ter alcançado tanta magnitude e permanência.

"Sua verdadeira missão na vida foi contribuir, de uma forma ou de outra, para a derrubada da sociedade capitalista e das instituições estatais que a tinham trazido à existência; contribuir para a libertação do proletariado moderno, o primeiro a se tornar consciente de sua posição e de suas necessidades, consciente das condições de sua emancipação. Lutar era seu elemento. E ele lutou com uma paixão, uma tenacidade e um sucesso como poucos poderiam rivalizar." Friedrich Engels
Karl Marx, 130 anos de um legado vivo (por Alyson Freire)
Nem a morte, o tempo, as ideologias contrárias, a ausência de títulos universitários, os partidos burocratizados e ditadores e as experiências autoritárias do socialismo real foram capazes de enterrar Marx e o seu legado filosófico e político.